Guerreiros do Taquari

Pela abertura das baías fechadas do Caronal

Escuta-se pelos quatro cantos da cidade... ecoa no vento, que bate na serra e desova em gritos nos ouvidos de quem quiser escutar.

São salvas de guerra... são tambores de cantos... são gemidos de fúria.

Parece que eu estou falando de uma batalha;

Parece que eu estou narrando uma guerra!

Parece... mais é...

São inúmeras batalhas. Todos os dias...

Um rio que parece velho, que parece manso, que parece fraco...

Parece... mas não é...

Falo de mulheres e homens que com sangue nas veias, ferventam o calor das lutas diárias, usando o coração como escudo e a segurança de seus ideais como armas.

Eles partem... juntos, dando a cara a tapas. Com lágrimas na face pelo o luto de milhões de peixes que morrem nas bocas de baías fechadas.

Mas isso não é só problema dos pescadores?

Não!

Sessenta por cento da economia dessa cidade deve-se ao rio: a pesca, o turismo, o comércio, a inspiração.

O Taquari é  o principal motivo dessa cidade existir!

Sem ele Coxim não teria alma, não teria encanto.

E essa batalha já acontece á tempos, mas pela pela primeira vez tomou-se tamanha proporção.

Faz-se pensar:

Ninguém viu isso antes?

A cada baía fechada milhões de vidas são ceifadas: fauna, flora... seres... até humanos. Principalmente os seres humanos!

Meus amigos, eu falo em prosa e calma: Mais respeito com esse rio que é Senhor das Almas!

Eu grito para quem quiser escutar:  Dê as mãos a esses guerreiros que tomam a frente para lutar!

Uma luta diária e ácida.

E a primeira batalha é te fazer lembrar:

Se algo não for feito AGORA, nem armau você irá pescar...

Por: Gleycielli Nonato