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Geração de emprego e renda em Coxim fica no discurso

O aquecimento do comércio local só acontece com a temperatura que oscila entre 40 a 45 graus

26 SET 2017Por Redação15h:41

As 85 unidades habitacionais do Loteamento Taquari II - etapas I e II, que estão sendo construídas em Coxim, foi constatado "in loco" que os tijolos vieram de Ponta Porã/MS - distante 579 km de Coxim -  adquiridos de uma olaria com sede naquele município e no país vizinho Paraguai, com a marca registrada da CERÂMICA ITAPOPO.

No momento em que a reportagem estava nas proximidades do canteiro de obras, um caminhão carregado de tijolos, com placas de Ponta Porã/MS, estava estacionando para descarregar a carga de tijolos, comprovando o descaso e desprestígio do comércio local. (Veja a foto de capa no final da matéria). 

Coxim fechou uma de suas maiores olarias (Olaria Nossa Senhora Aparecida do empresário Idelso Berro), que funcionou por mais de 40 anos, gerando mais de 50 empregos diretos e sempre pagando os devidos impostos.

Hoje o município tem outra olaria em pleno funcionamento, onde emprega mais de 40 trabalhadores, sendo que Coxim e região são detentores de uma das maiores reservas de argila, que se destacam pela sua qualidade.

Não distante, ou seja, a menos de 50 quilômetros, Rio Verde de MT, é destaque nacional pela produção, qualidade e comercialização de seus tijolos, telhas e outros produtos cerâmicos.

As maiores construtoras do estado de Mato Grosso do Sul, responsáveis pela edificação de grandes empreendimentos, preferem os tijolos e telhas produzidos no vizinho município de Rio Verde, pela excelente qualidade e preço dos seus produtos.

Coxim e Rio Verde de MT também são produtores de telhas e segundo informações, as telhas que estão sendo utilizadas na construção das 85 unidades habitacionais, também foram adquiridas no estado de Santa Catarina.

A COPLAN é a empresa responsável pela execução das obras no Loteamento Taquari II, tendo como agentes participantes: CRF, Prefeitura Municipal de Coxim e Governo do estado de Mato Grosso do Sul, com um montante de investimentos superiores a 6 (seis) milhões de reais, nas duas etapas. 

Causa estranhamento o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ser o agente financiador da obra, através da Caixa Econômica Federal, que ao fazer  uma simples pergunta da origem entre os trabalhadores no canteiro de obras, verificamos pessoas de outros municípios do estado, sendo que por questão de coerência e justiça, o trabalhador coxinense deveria ter prioridade na contratação, pois em Coxim temos muitos desempregados, que estão sedentos por uma vaga de serviço e na maioria das vezes se veem na obrigação de buscar uma oportunidade de trabalho em outros municípios. 

Nos discursos de lançamento da obra, em alto e bom som os presentes ouviram das autoridades e dos responsáveis pelo empreendimento, que o comércio de Coxim seria aquecido com a aquisição dos produtos que seriam utilizados na construção, como também o aproveitamento da mão de obra local, gerando emprego e renda para as famílias coxinenses e o comércio local, no entanto, tudo isso tornou-se uma falácia. 

Conclusão: O discurso é um, e a prática é outra, e a população coxinense continua sem emprego e renda, "se virando como pode"!!!

Veja também: Coxim é o 4º município que mais demitiu este ano.

Por: Redação

 
Fotos: Youssef Nimer
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