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"Não foi acidente", diz família de idoso morto pela namorada no trânsito

Otávio é velado desde ontem no Cemitério Memorial Park, onde será sepultado nesta quarta-feira

10 MAI 2023Por Redação/PL 12h:30

A família do motociclista Otávio Nunes, de 62 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande, após ser atingido por um Chevrolet Classic, conduzido pela namorada, Irene da Silva Melo, de 63 anos, não acredita que o episódio foi acidente.

“Nossa família já contratou advogado, vamos querer representar contra ela [Irene]. Não foi uma fatalidade, mas não podemos provar”, disse o técnico de enfermagem de 49 anos, sobrinho da vítima, durante o velório do tio, no Cemitério Memorial Park. Ele pediu para não ter o nome divulgado e afirma que a família não aceita o que aconteceu.

O acidente foi na madrugada de segunda-feira (8), na Rua Cabo Verde, Bairro Jardim Tijuca, em Campo Grande. Conforme o registro policial, Otávio foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à Santa Casa, onde morreu. Irene apresentava sinais de embriaguez, segundo registrado no Boletim de Ocorrência e foi presa, mas foi colocada em liberdade em audiência de custódia. Otávio deixa três filhos.

Ainda conforme a família da vítima, os parentes só ficaram sabendo do acidente 4 horas depois do fato. Otávio e Irene namoravam havia 3 anos. “Na verdade, tem várias informações que foram ocultadas pela namorada dele. Por que não nos avisou de imediato? Só depois que o meu tio teve morte cerebral foi que ela ligou avisando para o meu outro tio”.

O sobrinho disse que Irene e a família dela foram proibidos de ir hoje ao velório e ao sepultamento. “Ela tirou a vida do meu tio na semana do aniversário da minha avó, de 97 anos. Ele era um dos melhores filhos da minha avó em termos de carinho e atenção com ela. Está sendo muito difícil pra gente essa perda”, lamentou.

Caso - Otávio seguia numa motocicleta Yamaha YBR, quando foi atingido por um Chevrolet Classic, conduzido por Irene. Na versão registrada pela polícia, a idosa teria se recusado a fazer o teste do bafômetro. Além disso, foi acusada de tentar subornar os militares para não ser presa. Versão contestada pela filha Elaine Cristina, 41 anos. 

À reportagem, a funcionária pública contou que a mãe e Otávio estavam juntos e haviam passado o domingo em um evento de música ao vivo. Depois, foram até a casa da idosa, momento em que ela saiu para levar uma amiga embora. O idoso ficou na residência e saiu depois com a moto.

"Ambos tinham ingerido bebida alcoólica. Ele era muito ciumento e possessivo, não queria que ela saísse", relatou Elaine, alegando ainda que orientou a mãe a não fazer o bafômetro pois estava com dificuldade de assoprar o equipamento por estar muito nervosa. Ela confessou que havia bebido aproximadamente quatro garrafas de cerveja.

Viviane Oliveira e Mariely Barros/campograndenews 

M9

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