Brasil
Novas regras estimulam geração própria de energia elétrica em universidades
As universidades federais interessadas em utilizar mecanismos de geração própria de energia elétrica terão mais facilidade para viabilizar seus projetos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alterou as regras de aprovação de projetos prioritários relacionados à eficiência energética e minigeração em instituições federais de ensino superior.
Segundo a agência, o objetivo é reduzir entraves à implementação de projetos de Eficiência Energética (EE) e de geração própria de energia (Minigeração) por meio da implantação de projetos pilotos nessas instituições.
A Aneel constatou que o gasto com energia elétrica representa um dos principais itens de custeio das instituições públicas de ensino superior, e que parte considerável dessa despesa poderia ser evitada por meio de ações de eficiência energética e da implantação de sistemas de geração própria de energia.
De acordo com a Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação, o valor total pago, em 2015, apenas pelas Universidades Federais, foi de cerca de R$ 430 milhões. Segundo a pasta do MEC, parte considerável desse gasto se refere ao uso de equipamentos ineficientes e a hábitos que levam ao desperdício de energia.
Novas regras
Até então, o edital da Chamada de Projeto Prioritário de Eficiência Energética e Estratégico de P&D nº 001/2016, intitulado "Eficiência Energética e Minigeração em Instituições Federais de Ensino Superior", previa que as distribuidoras aplicassem recursos do Projeto apenas em unidades consumidoras da sua área de concessão.
Entretanto, a Aneel considerou que essa medida poderia provocar uma pulverização de recursos em propostas de projetos que não atendessem aos requisitos de um projeto prioritário e estratégico. Diante disso, ficou estabelecido que a distribuidora também poderá aplicar recursos do Programa de Eficiência Energética (PEE) em unidades consumidoras de outra área de concessão.
Os projetos realizados no âmbito da chamada possibilitarão a troca de equipamentos energeticamente ineficientes por outros mais eficientes, incentivarão a mudança de hábito de consumo de professores, alunos e funcionários e, além disso, promoverão a implantação de minigeração de energia elétrica e a redução nas contas de energia elétrica.