Turismo e Cultura
Pedacinho da Bolívia é "emprestado" ao Santa Fé todos os meses
Feira reúne artesanato e pratos típicos bolivianos
Um “pedacinho” da Bolívia é “emprestado” mensalmente ao Bairro Santa Fé, na região do Prosa, que abre espaço para uma feira em que as cores do artesanato e o cheiro dos pratos típicos do país vizinho atraem centenas de visitantes, unindo campo-grandenses e bolivianos no mesmo local.
A feira é organizada desde 2005 no segundo domingo de cada mês na Praça da Bolívia, localizada no quadrilátero das ruas das Garças, Barão da Torre, Dias Ferreira e Aníbal de Mendonça. “É uma opção de lazer a céu aberto e gratuita para a população. É uma oportunidade de conhecer outra cultura”, declara a artista plástica Miska Thomé, que trabalhou na organização do evento durante anos.
Miska conta que, quando surgiu a ideia de criação da feira, os moradores do Bairro Santa Fé, especialmente os que moram no quadrilátero que onde fica a praça, foram visitados e informados sobre o evento. O projeto foi bem-aceito pela maioria. “A gente tem assíduos frequentadores. São pessoas que curtem cultura, manifestações como essa e sempre prestigiam o evento”, afirma.
A psicóloga Elizabeth Mont, 59 anos, é uma das frequentadoras assíduas. Ela, que veio do Rio Grande do Sul, mas mora há 32 anos no Estado, declara ser impossível escolher a “melhor parte” da feira, quando o evento em si é muito bom. “É raríssimo eu não vir”, diz ela, completando que “é um ambiente gostoso, onde a gente encontra amigos, vê as apresentações culturais, o artesanato, que é lindo, e as pessoas”.
Opinião semelhante é do feirante Jamil Roberto Ferreira, 48 anos, que trabalha no local acompanhado da mulher, a artesã Meire Arruda, 49 anos. Ele conta que ficou sabendo da oportunidade de trabalhar lá por meio de outros feirantes. “O artesanato daqui é diferenciado, a comida é boa. Aqui é bom”, diz. Jamil tem o hábito de convidar amigos que não conhecem a feira para irem até o local e afirma que todos os que comparecem gostam.
Outras Opções
E quem quiser estender as opções de lazer pode ir até o Parque das Nações Indígenas. Por lá, além da possibilidade de fazer caminhadas e praticar atividades físicas, é possível contemplar alguns monumentos históricos, como o Cavaleiro Guaicuru, uma estrutura de ferro que representa um índio guerreiro da etnia guaicuru, o Harry Amorim Costa, que homenageia o ex-governador do Estado, e o Monumento ao Índio, que faz uma homenagem às culturas indígenas do Estado.
No parque também estão o Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (Marco) e o Museu das Culturas Dom Bosco (MCDB).
Fonte: Correio do Estado