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Embaixador alemão diz que Brasil precisa explicar ações sobre direitos humanos e clima

Georg Witschel se reuniu com presidente em exercício, Hamilton Mourão. Na campanha, Bolsonaro disse que tiraria Brasil do Acordo de Paris e defendeu policial que 'matar 10, 15 ou 20'.

22 JAN 2019Por Redação/TR11h:12

O embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, afirmou na segunda-feira (21) que o governo de Jair Bolsonaro precisa adotar políticas públicas que expliquem melhor à comunidade internacional as intenções da nova gestão nas áreas de direitos humanos e clima.

Witschel deu a declaração no Palácio do Planalto, após se reunir o presidente em exercício, Hamilton Mourão.

Vice-presidente da República, Mourão assumiu o comando do país porque Bolsonaro está na Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial.

"Acho que é importante que o governo faça uma política pública que explique as intenções, as reformas e também explique que os direitos humanos, a luta contra a mudança climática continuará. Estou otimista, mas temos afazeres juntos", afirmou o embaixador.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro disse que tiraria o Brasil do Acordo do Clima de Paris se fosse eleito, mas voltou atrás e, depois, disse que só vai sair se o o acordo não for alterado. O tratado internacional visa a redução da emissão de gases do efeito estufa.

Também na campanha, Bolsonaro afirmou que o criminoso não é um "ser humano normal" e defendeu policiais que 'matarem 10, 15 ou 20'.

Witschel disse que a conversa se concentrou em questões climáticas. Ele explicou a Mourão que o portfólio de cooperação entre os dois países envolve cerca de 1,5 bilhão de euros, cerca de R$ 6 bilhões. Parte dos recursos, em torno de 120 milhões de euros conforme o alemão, são destinados ao Fundo Amazônia, utilizado para financiar projetos de preservação de povos indígenas e da Amazônia.

'Preocupação' da sociedade alemã

Segundo o Georg Witschel, a reputação do Brasil no exterior preocupa e é preciso trabalhar para melhorar a imagem do país junto à sociedade alemã e a de outros países da Europa.

"Temos, por outro lado, na imprensa, em partes da sociedade alemã, uma reputação do Brasil que pode ser meio errada. Então queremos também cooperar a fim de melhorar esta reputação", disse.

“Há uma preocupação em partes da nossa sociedade, com muitas mídias. O que nós queremos é cooperar e medir o novo governo segundo os atos, segundo os fatos e não segundo os tweetes as palavras durante a campanha”, afirmou.

O embaixador declarou que há uma apreensão sobre um eventual término da "luta contra a mudança do clima", o que resulta em uma "opinião pública bastante crítica". Também a preocupação em relação aos direitos humanos, segundo Witschel.

Por Guilherme Mazui e Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília

 

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