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Trilha do Pantanal mexe com adrenalina de 300 jipeiros em Coxim

1 MAR 2017Por Paulo Ricardo e Youssef Nimer19h:24

Alguém gostaria de usar uma fantasia de ‘lama’ com ronco de motores no carnaval? Pois é, um grupo de jipeiros de 13 estados esteve em Coxim para participar da Trilha Pantanal que começou na quinta-feira (23) e terminou na terça-feira (28) de carnaval.

Ao todo, foram 300 participantes em 86 viaturas (4 x 4 e adaptadas) que tiveram pela frente um terreno bastante alagado, já que essa época, marca a cheia na bacia pantaneira. O percurso total teve 400 quilômetros ida e volta, rumo à região do Paiaguás, passando por estradas boiadeiras, vazantes e corixos.

Com dois quilômetros de extensão e pontos que chegam a dois metros de profundidade, a temida ‘vazante da morte’, a cerca de 90 quilômetros de Coxim, é o ponto de partida para muita adrenalina. A façanha de atravessar a estrada toda inundada, é considerada uma vitória e comemorada com muita festa pelos participantes. Quem fica atolado, necessita do auxílio do grupo para tirar o veículo da vazante, o que não é uma tarefa fácil e pode levar horas. 

Há doze anos participando de trilhas off-roads pelo país, o empresário paulista, Ronaldo Coelho Amâncio, de 38 anos, considera o desafio no Pantanal como o mais radical e o mais completo em termos de natureza. “Tem um grau de dificuldade muito grande. O alto nível da água é o inimigo dos jipeiros. E quanto mais difícil, mais a gente gosta. Quanto pior a estrada, melhor”, avaliou.

Já o empresário rondoniense Paulo Andrade, 51 anos, também veio a Coxim. Ele viajou de avião de Porto Velho à Campo Grande, para depois chegar até Coxim. Toda essa logística foi feita por causa da sua caminhonete F-250 que foi adaptada apenas para a trilha e não trafega em asfalto.

“A minha caminhonete só anda na lama. Colocamos quatro pneus de trator nela. Fizemos uma viatura exclusivamente para este desafio no Pantanal”, afirma Andrade, que preferiu não revelar o valor do investimento.

A novidade nesta edição, é que foi apresentado um grupo de apoio à cultura sul-mato-grossense com o tradicional Tereré, bebida típica da região, que foi oferecida aos jipeiros todo o tempo. A organização do evento contou com o apoio do poder público municipal e empresas coxinenses, que receberam o público, e fomentaram mais de R$ 1 milhão de reais para o município, além de aquecer o turismo na região.

Fonte: Carlos Pires / Diário do Estado MS

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