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Agronegócio

Otimistas, bancos oferecem R$ 4,2 bilhões em financiamentos para agricultores na Agrishow

Volume é quase o dobro do que foi movimentado em negócios na edição em 2017. Banco do Brasil projeta emprestar até 60% mais, índice quase 8 vezes maior que o crescimento esperado da feira.

28 ABR 2018Por Redação/TR15h:33

Pelo menos R$ 4,25 bilhões estarão à disposição dos agricultores para compra de máquinas e implementos durante a Agrishow 2018, feira internacional de tecnologia agrícola que começa na segunda-feira (30) e segue até sexta-feira (4) em Ribeirão Preto (SP).

Essa é a soma dos montantes informados por cinco dos seis bancos que patrocinam a feira. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) não anunciou a previsão de liberação. Afirmou, apenas, por meio de sua assessoria de imprensa, que isso vai depender da demanda durante o evento.

Esse total de recursos para financiamentos já é quase o dobro do que a Agrishow movimentou em negócios em 2017: R$ 2,2 bilhões. Enquanto os organizadores da feira esperam, oficialmente, um incremento de 8% nos negócios nesta edição de 2018, os bancos estão mais otimistas.

Entre as instituições públicas, o Banco do Brasil prevê a “melhor Agrishow da história”. Espera emprestar cerca de R$ 2 bilhões, com taxa de juros variando de 2,5% a 8,5% ao ano. O número é 42,5% maior em comparação com a Agrishow do ano passado, quando o volume contratado foi de R$ 1,15 bilhão.

Mas o percentual de aumento pode chegar a 60%, segundo o gerente executivo do banco, Antonio Banhara. “Estamos muito otimistas em relação ao mercado, principalmente pelo que temos vivenciado nesses últimos dois anos com os preços da soja, nossa principal cultura, que estão extraordinários”.

A confiança é tanta que o banco montou, segundo ele, uma estrutura para agilizar as operações. Terá uma equipe de 150 funcionários na feira, sendo 12 exclusivamente para análise financeira. E ampliou, antecipadamente, os limites de créditos de clientes. Para aqueles com menor risco, não vai exigir outras garantias além do próprio equipamento adquirido.

Privados e cooperativas

Os bancos privados, Santander e Bradesco, projetam emprestar, juntos, cerca de R$ 2 bilhões – R$ 1 bi cada. Eles não informaram as taxas de juros que serão praticadas.

O Santander explica que a quantia, a mesma emprestada na edição de 2017, se refere a créditos pré-aprovados, mas que novas propostas podem ser atendidas durante a Agrishow, conforme a demanda. Se depender do otimismo e do desempenho em outras feiras no país, a marca pode ser superada.

O diretor de Agronegócios do banco Carlos Aguiar se baseia no crescimento das principais feiras agropecuárias já realizadas no Brasil em 2018, de 25% em média, para afirmar que a Agrishow deve acompanhar esse índice.

“Temos a percepção que a região de Ribeirão Preto reúne hoje as condições para ser um símbolo do novo ciclo de retomada do crescimento econômico do Brasil. É um polo que pode garantir ao Brasil protagonismo mundial na nova economia de baixo carbono, com o RenovaBio, e isso tem um valor geopolítico fantástico. Acreditamos no agronegócio e também no potencial de crescimento da região.”

Para os créditos pré-aprovados, o prazo para pagamento dos financiamentos é de cinco a dez anos, com isenção de taxa flat – que incide sobre o valor da compra –, 20% de entrada e também o próprio bem como garantia.

Já as cooperativas de crédito participam da Agrishow com o Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil) e com o Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo). Juntos, eles esperam financiar perto de R$ 250 milhões.

Em 2017, o estande do Sicoob disponibilizou R$ 142 milhões, divididos em três linhas de consórcios e financiamentos. Para este ano, a perspectiva de crescimento é de 8% –, o que representaria um acréscimo de pouco mais de R$ 11 milhões em recursos. Não foram informadas taxas de juros.

O Sicredi, que afirma ter mais de 600 mil associados ligados ao agro, 90% deles da agricultura familiar, anuncia que vai emprestar cerca R$ 100 milhões, com taxas de 5,5% para equipamentos adquiridos pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), 7,5% pelo Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor) e entre 6,5% e 7,5% para produtores que não se enquadram nessas linhas.

Fonte: G1

M9

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