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Após apreensão de dólares e relógios de luxo, avião do governo da Guiné Equatorial deixa o Brasil

Boeing 777-200 decolou de Viracopos, em Campinas (SP), às 6h21 de domingo (16).

17 SET 2018Por Redação/TR18h:00

O avião do governo da Guiné Equatorial decolou na manhã de domingo (16) do Aeroporto Internacional de Viracopos (SP), em Campinas (SP), rumo a Malabo, capital do país africano, sem a mala com US$ 1,4 milhão e R$ 55 mil, e os cerca de 20 relógios avaliados em US$ 15 milhões, apreendidos com a delegação na chegada ao Brasil, na sexta-feira (14).

O vice-presidente do país, Teodoro Obiang Mang, embarcou no voo. Filho do ditador africano que comanda a Guiné Equatorial há 39 anos, Teodorín, como é conhecido, teria vindo ao Brasil para realizar tratamento médico, conforme depoimento do secretário da Embaixada à Polícia Federal.

Leminio Akuben Mikue explicou às autoridades brasileiras que Teodorín veio ao Brasil para tratamento médico, e que o US$ 1,4 milhão em uma das malas seria utilizado em missão oficial posterior, com destino a Singapura. Sobre os relógios, o secretário informou que seriam de uso pessoal de Teodoro Obiang Mang.

O Boeing 777-200, pertencente ao governo do país africano, decolou de Campinas às 6h21 com os 11 integrantes da comitiva. O G1 tem tentado contato desde a noite de sexta-feira com a embaixada do Brasil na Guiné Equatorial, sem sucesso.

A Polícia Federal diz que o caso está sob sigilo diplomático e a Receita Federal não comenta o ocorrido. Em nota, o Itamaraty informa que "se manteve em coordenação permanente com a Receita Federal e a Polícia Federal no acompanhamento do caso, inclusive quanto à adoção das medidas cabíveis”.

A apreensão

O avião com a delegação da Guiné Equatorial chegou a Viracopos na sexta-feira à tarde vindo de Malabo, capital do país. Além do vice-presidente do país, 10 pessoas estavam a bordo. Embora trouxesse uma autoridade do governo do país africano, o voo não era uma missão diplomática oficial.

Relógio cravejado de diamantes foi apreendido nas malas não diplomáticas do vice-presidente da Guiné Equatorial — Foto: Divulgação

Em missões oficiais, as chamadas malas diplomáticas – que contêm documentos e objetos de uso oficial do país de origem – não podem ser fiscalizadas no destino. A aeronave da Guiné Equatorial, entretanto, trazia um conjunto de malas não diplomáticas, que não possuem essa proteção.

Quando agentes da Receita e da PF tentaram analisar o conteúdo dessas malas, seguranças que estavam no voo tentaram impedir. Houve confusão. Membros da comitiva foram levados para prestar esclarecimentos às autoridades brasileiras, mas o vice-presidente foi liberado do procedimento.

Teodorín esteve no Brasil em 2015, quando a escola de samba Beija-Flor, do Rio de Janeiro, fez um desfile em homenagem à Guiné Equatorial.

Por: G1 Campinas e região

 

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