Saúde
Hospitais de Coxim operam no limite com aumento alarmante de casos de Síndrome Respiratória Aguda
Os hospitais de Coxim estão enfrentando uma situação crítica com a superlotação das unidades de saúde em decorrência do aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A situação atinge em cheio o Hospital Regional Álvaro Fontoura, principal unidade da região, que opera acima de sua capacidade de atendimento há semanas.
A reportagem entrou em contato com Devanir Rodrigues Pereira Júnior, diretor geral do Hospital Regional e Fernanda Berigo, secretária municipal de saúde para informar como estão sendo feitas as ações de prevenção e os atendimentos em Coxim.
De acordo com o diretor do Hospital Regional, Devanir Júnior, o fluxo de pacientes tem crescido diariamente, especialmente entre crianças e idosos, os grupos mais vulneráveis. “Estamos lidando com uma pressão constante. A maioria dos casos envolve sintomas respiratórios graves, o que exige monitoramento constante e, em muitos casos, internação imediata”, afirmou Devanir.
A secretária municipal de Saúde de Coxim, Fernanda Berigo, confirmou o cenário preocupante e reforçou a importância da prevenção para conter a disseminação do vírus. “É fundamental que a população colabore. Usar máscara em locais fechados, higienizar as mãos com frequência e manter a vacinação em dia são atitudes simples que salvam vidas”, destacou.
Uma moradora de Coxim usuária do hospital da Cassems em Coxim também informou que o hospital da Cassems na cidade também está lotado de pacientes internados e outros aguardando atendimento.
A secretaria de Saúde tem adotado medidas emergenciais para tentar conter a propagação da SRAG, incluindo a intensificação das campanhas de vacinação contra gripe e Covid-19, além da reestruturação do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde para evitar a sobrecarga no Hospital Regional.
Especialistas alertam para a gravidade da síndrome, que pode evoluir rapidamente para quadros de insuficiência respiratória, especialmente em pessoas com comorbidades. Entre os principais sintomas estão febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar e cansaço extremo. Em casos mais severos, pode ocorrer coloração azulada nos lábios e extremidades, sinal claro de comprometimento pulmonar.
A orientação das autoridades de saúde é clara: buscar atendimento nos postos de saúde ao perceber os primeiros sintomas, evitando recorrer diretamente ao Hospital Regional, que deve ser destinado a casos mais urgentes e graves.
Enquanto isso, a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde seguem em alerta máximo, trabalhando para garantir estrutura e atendimento à população. “Estamos enfrentando um momento difícil, mas com união e responsabilidade, vamos conseguir superar”, finalizou a secretária Fernanda Berigo.
Glenda Melo / Diário do Estado