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Cidades

Família mora em sucata de ônibus há 3 anos e briga para não ser despejada

O caso é de conhecimento do município, que informou que mantém assistência

16 ABR 2021Por Redação/ Talyta Rodrigues07h:26

Há três anos morando em sucata de ônibus escolar na cidade de Maracaju, a 158 Km de Campo Grande, casal e quatro filhos agora lutam para não perder o único teto que conseguiram.

Mônica Souza Ferreira, 24 anos, e o marido, Feliciano Arévalo, 35, que é de nacionalidade paraguaia, contam que se estabeleceram no local com autorização do dono do terreno, que fica na área rural da cidade. Agora, no entanto, ele quer que a família saia de lá.

Mônica afirma que o local não tem condições de ser moradia digna, mas que sem escolha, ela e o marido decidiram ficar por lá mesmo com as crianças. Sobrevivendo de doações, eles se alimentam do que outras pessoas levam até lá, onde há até uma pequena cozinha improvisada.

“Antes meu marido trabalhava, fazia bico e a gente morava na cidade, pagando aluguel, mas não era fácil aí apareceu esse lugar aqui e ficamos”,  conta Mônica. Os filhos têm 6, 4, 2 e 1 ano de idade, sendo que o mais velho leva e traz as atividades da escola, já que com a pandemia, não há aulas presenciais.

Ela diz ainda que mantinham uma horta no local, mas que o proprietário do espaço a destruiu recentemente, sem aviso prévio. Sem aviso também teria sido a decisão de retirá-los de lá.

Buscando ajuda na prefeitura, Mônica diz que não houve assistência contínua e que receberam cesta básica somente por três meses. “Sem condições de ficar aqui. Meus filhos não podem mais brincar aqui porque tem sempre alguém olhando”, lamenta.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, há trê dias Feliciano esteve lá e foi dada oportunidade dele se naturalizar brasileiro, emitindo documentos.

Além disso, também foi oferecida moradia alugada, paga pela prefeitura. No entanto, a oferta não teria sido aceita. Mônica contesta: “Eles estão de mentira pro meu lado. Vão pagar só 2 meses. Não é assim. Estou há três anos morando aqui. Você acha que eu não tenho direito?”, questiona.

O município informou também que a área em questão é particular, no entanto cabe um pedido de retomada por parte da prefeitura. Isso porque o espaço foi cedido ao atual proprietário desde que ele produzisse no local, o que não ocorreu.

O processo de retomada, entretanto, não será imediato e depende de comprovação da improdutividade da área, conforme assessoria.

Lucia Morel - Campo Grande News

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