Política
Paulo Corrêa diz que Assembleia vai contribuir no que for necessário para garantir o desenvolvimento
O presidente da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Paulo Corrêa garantiu hoje que a Casa de Leis vai contribuir no que for necessário para garantir o desenvolvimento da região de fronteira entre MS e o Paraguai, sobretudo com a aprovação de leis.
A declaração aconteceu durante evento de lançamento do projeto Indústria Sem Fronteiras, com assinatura de um protocolo de intenções para cooperação técnica, tributária, logística e de apoio institucional entre Mato Grosso do Sul e o país vizinho.
A parceria visa atrair indústrias de todo o Brasil para os municípios fronteiriços. Mas, para se instalar no Paraguai, as empresas precisam continuar investindo no Brasil, garantindo assim o desenvolvimento nos dois países.
“Na Assembleia temos acompanhado de perto essa discussão e vamos contribuir no que for necessário, sobretudo com a aprovação de leis que contribuam para o desenvolvimento da fronteira. Cada vez mais acreditando que MS e Paraguai são a mesma coisa. Fizemos um primeiro contato com o Paraguai por meio do presidente Horácio Cartes, que designou o Ministro Gustavo Leite para que pudéssemos fazer as primeiras conversações. O ministro já é cidadão Sul-Mato-Grossense, e nós temos essa parceria. Somos irmãos dos paraguaios, temos as mesmas raízes do povo paraguaio, e nada mais justo do que Mato Grosso do Sul assinar esse grande convênio com o país, fazendo funcionar o MERCOSUL, com ações comandadas pelo Presidente da Fiems, Sérgio Longen”, disse.
De acordo com Sérgio Longen, a Federação das Indústrias vai trabalhar nos municípios dando qualificação profissional e atendendo a demandas das empresas.
“Paraguai tem despontado como uma porta para grandes oportunidades, com uma série de benefícios fiscais e tributários. Enquanto o Brasil reúne uma gama de 35 impostos, o país vizinho tem apenas um. Precisamos considerar que a produção nacional vem sendo sufocada: ou fechamos as portas ou buscamos novas oportunidades. E, a oportunidade mais palpável e viável, hoje, é a instalação no Paraguai, com observância aos critérios do programa Fomentar Fronteiras, do Governo do Estado, e da Lei de Maquila, do governo paraguaio”, detalhou.
De acordo com o ministro Gustavo Leite, até agora 80 empresas brasileiras já migraram para o Paraguai e estão gerando muitos empregos. Ele destacou a necessidade de impostos baixos, energia barata e bom salário ofertado aos trabalhadores para garantir que isso também aconteça no Brasil.
“Temos que garantir ao empresário que eles vão pagar impostos mas ainda vai sobrar dinheiro no bolso. Esse acordo é uma ideia brilhante porque o Paraguai quer ser o melhor sócio do Brasil. A iniciativa da Fiems vai permitir que essas cidades mais pequenas tenham muita gente trabalhando”, disse ele referindo-se às cidades localizadas na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai.
Já o representante do Governador, Secretário de Gestão Estratégica Eduardo Riedel, ratificou o interesse do Estado e do Brasil no crescimento conjunto com o Paraguai.
“Mato Grosso do Sul se confunde com o Paraguai em diversos aspectos e temos orgulho disso. Nestes 40 anos do nosso Estado, o Brasil ficou voltado para o mar e isso tem mudado. Chegamos aos 40 anos infelizmente, talvez no momento mais triste do país, na pior crise da história. Mas, Mato Grosso do Sul tem muito que comemorar. Podemos discutir hoje alguns projetos específicos que temos em comum e quero destacar o interesse, não apenas por parte de Estado, mas do Brasil. Tenho certeza que nossa discussão permanente caminha com o objetivo de conquistar espaços e desenvolvimento conjunto”, destacou.
O Governador do departamento de Amambay, Pedro Gonzalez Ramirez, se colocou à disposição do Brasil.
“Estamos aqui para trabalhar de forma conjunta, debater ideias, para melhorar essa integração de forma que seja boa para os dois lados. Tem muita coisa para ser feita”.
Fonte: Assessoria