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Polícia

Réu por matar mulher com tiro na nuca alega que disparo foi acidental

"Eu não faria isso, eram nove anos de casamento", disse Edhem Araújo Silva durante o julgamento na manhã de sexta-feira

27 ABR 2018Por Redação/TR16h:47

Está sendo julgado nesta sexta-feira (27) o acusado de matar com um tiro no pescoço Elisângela Aparecida Barbosa de Oliveira Silva, de 41 anos, em dezembro de 2016. Edhem Araújo Silva, de 36, disse ao júri que o disparo foi acidental, enquanto ele tentava tirar a arma da mão da esposa depois de uma briga.

Durante o interrogatório, ele disse que a contou com detalhes como o crime aconteceu, e afirma que Elisângela apontou o revólver para ele e o disparou aconteceu quando ele tentou tirar a arma da mão da esposa.

Ele conclui dizendo que Rosângela tinha muito ciúmes e já tinha apontado a arma para ele em outra situação. "Eu deixava a arma na casa de uma amiga, e no dia de Natal um cara com quem eu tinha brigado uma vez na rua passou em casa olhando para mim e apontou a arma, foi quando resolvi trazer de volta".

Segundo ele, constantemente o casal brigava por causa do ciúme dela, e que no dia do crime ele decidiu sair de casa. "Eu saí de madrugada, voltei na hora do almoço para pegar dinheiro para beber e, quando voltei de noite, para pegar mais dinheiro, ela apontou a arma para mim".

Ele ainda completa dizendo que, depois da discussão, ela fingiu que iria pegar o dinheiro quando sacou a arma. "Ela me empurrou, eu empurrei ela, daí ela virou com o revolver para mim. Eu o peguei e tentei arrancar da mão dela, foi quando eu ouvi o disparo", conta.

"Corri para dentro do carro pedindo para não me deixar porque eu amava muito ela", relembra o réu, justificando o acidente. Elisângela foi levado à uma unidade de saúde, mas não resistiu.

Crime

Elisângela foi morta pelo marido, com um tiro no pescoço, na frente dos dois enteados, de 11 e 12 anos, na noite de 29 de dezembro de 2016. O crime ocorreu no bairro Vida Nova, em Campo Grande.

De acordo com informações da delegada plantonista da Casa da Mulher Brasileira, Cláudia Angélica Gerei, as crianças contaram que a mulher estava no quarto, mexendo no computador, quando o pai se aproximou e viu algo que não gostou na tela. Os dois começaram a discutir e de repente as crianças ouviram um tiro.

Fonte: Campo Grande News

M9

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