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Primeiro semestre de 2025 termina com 16 feminicídios em Mato Grosso do Sul

1 JUL 2025Por Redação/EC11h:38

O primeiro semestre de 2025 chegou ao fim com um dado alarmante em Mato Grosso do Sul: 16 mulheres foram assassinadas vítimas de feminicídio entre janeiro e junho, a maioria morta com extrema violência por companheiros ou ex-companheiros. Os dados são da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Embora o ano tenha começado sem registros desse tipo de crime em janeiro, a calmaria foi quebrada de forma brutal a partir de fevereiro, mês que sozinho concentrou cinco casos em uma média de praticamente um feminicídio a cada cinco dias.

O primeiro caso do ano foi o da jovem Karina Corim, 29, baleada em Caarapó pelo ex-companheiro Renan Dantas, 31, no dia 1º de fevereiro. Ela ainda resistiu por três dias, mas faleceu no dia 4. O autor do crime se matou logo após atirar contra Karina.

O segundo caso foi o da jornalista Vanessa Ricarte, 42, assassinada em Campo Grande com pelo menos três facadas pelo ex-noivo Caio César Nascimento, 35 anos, no dia 12. Ele foi preso em flagrante e segue detido preventivamente.

No dia 18, a indígena Juliana Domingues, 28, foi morta com golpes de facão em Dourados, pelo marido Wilson Garcia, 28, que foi preso ao tentar fugir para Caarapó. Quatro dias depois, a empresária Mirielli Santos, 26, foi executada a tiros no dia 22, em Água Clara, pelo ex-companheiro Fausto Junior Aparecido de Oliveira, 31, após uma discussão. Ele ficou foragido por dias e foi preso no dia 25.

Fechando o mês, no dia 24, a idosa Emiliana Mendes, de 65 anos, foi esganada pelo companheiro, Vanderson dos Santos Carneiro, de 37 anos, que ainda arrastou o corpo dela pelas ruas de Juti.

Março e abril registraram quedas

Março teve menos casos, dois registrados, mas com crueldade extrema. No dia 1º, Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi morta a pedradas pelo companheiro Jeferson Nunes Ramos, 41, que ainda carbonizou e enterrou o corpo dela ainda viva em uma cova rasa, no quintal da casa do casal, em Campo Grande.

No fim do mês, em 29 de março, Alessandra da Silva Arruda, de 30 anos, foi esfaqueada no peito e na barriga pelo namorado, em Nioaque.

Abril teve uma única vítima, mas o crime também foi brutal. No dia 17, Ivone Barbosa da Costa Nantes, de 41 anos, morreu com uma facada no pescoço desferida pelo companheiro Wilton de Jesus Acosta, de 35 anos, em Sidrolândia.

Maio sangrento

Em maio, a queda no número de registro parou e o mês volta a preocupar com cinco casos, igualando a fevereiro no número de feminicídios. No dia 14, Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, foi espancada até a morte com socos pelo marido Andreyko Vannutty de Assis Machado, de 43 anos, em Cassilândia, que depois jogou o corpo no rio.

Na mesma data, Simone da Silva, de 35 anos, foi morta com um tiro na frente do filho adolescente de 14 anos em Itaquiraí, pelo jovem William Megaioli Ebbing, de 22 anos, que a acusava de ser amante do próprio pai.

No dia 23, Olizandra Vera Cano, de 26 anos, foi assassinada com um golpe profundo no pescoço, dentro de casa, na Aldeia Taquaperi, em Coronel Sapucaia. O companheiro Celso Irineu, de 32 anos, foi preso em flagrante e cometeu o crime após uma discussão pela janta.

Em 27 de maio, um crime que chocou o estado: João Augusto Borges, de 21 anos, matou a esposa Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e a filha do casal, a bebê Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, com golpes de mata-leão e, em seguida as carbonizaram em um terreno baldio. O crime foi premeditado. João não aceitava o fim do relacionamento e não queria pagar pensão alimentícia.

Junho termina com três novos feminicídios

O mês de junho manteve a sequência de crimes. No dia 6, Eliana Guanes, de 59 anos, foi queimada viva por Lourenço Xavier, de 54 anos, após ser assediada e rejeitar o agressor em uma fazenda no Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá.

No dia 20, Doralice da Silva, de 42 anos, foi quase decapitada com facadas no pescoço dentro de casa, na Vila Juquita, em Maracaju, pelo marido Edemar Santos Souza, de 31 anos, motivado por ciúmes.

No último sábado do mês (28), Rose Antonia de Paula, de 41 anos, também foi morta e quase decapitada com um golpe de facão no pescoço, em Costa Rica, pelo companheiro Juliano Pinheiro de Oliveira, de 40 anos, após uma discussão. A cena do crime indicava mais um caso de extrema brutalidade.

Em quase todos os casos, os autores foram companheiros ou ex-companheiros das vítimas. Os crimes envolveram premeditação, agressões brutais, instrumentos cortantes, armas de fogo e até fogo, revelando não só a quantidade, mas a intensidade da violência de gênero.

Leia mais em: https://www.topmidianews.com.br/policia/primeiro-semestre-de-2025-termina-com-16-feminicidios-em-mato-grosso/224106/

M9

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