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Polícia

PF prende em Campo Grande hacker procurado no mundo todo

Responsável por ataque ao sistema do Tribunal Federal, Selmo Machado da Silva foi condenado em 2021

18 SET 2023Por Redação/EC06h:00

A Polícia Federal capturou Selmo Machado da Silva, de 48 anos, o hacker responsável por ataque ao sistema do TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região em 2021. A prisão aconteceu na manhã deste domingo (17), em Campo Grande. 

De acordo com a PF de São Paulo, que conduziu as investigações, a Operação Escalada Cibernética resultou na condenação de dois homens, Selmo e Diego Guilherme Rodrigues, identificados como autores da invasão. Para o foragido, havia sido imposta pena de 9 anos de prisão, ainda em dezembro de 2021.

Procurado desde maio daquele ano, o autor do crime cibernético chegou a ter o nome incluído na difusão vermelha da Interpol (Polícia Internacional) – ferramenta para divulgar pelo mundo o rosto e dados de procurados pela Justiça. Ele foi encontrado escondido em casa no bairro Aero Rancho – o mais populoso de Campo Grande.

Participaram da ação para prender o homem ao menos 20 policiais federais das Superintendências da Polícia Federal em São Paulo, local em que ocorreu a investigação, e Mato Grosso do Sul.

“Autoabsolvição” –  Ainda de acordo com a PF, em 2021, o hacker invadiu o sistema do TRF3 com o propósito de alterar documentos eletrônicos de assinatura de agentes públicos e obter “vantagens pessoais”.  

Ele falsificou pareceres do Ministério Público Federal em seis processos que tramitavam no TRF3, nos quais ele mesmo era o réu, alterando as manifestações dos procuradores com sugestão de absolvição ao invés da condenação originalmente proposta.

A investigação da Polícia Federal foi aberta depois que dois magistrados da Justiça Federal em São Paulo detectaram alterações em documentos, com uso fraudulento de suas assinaturas digitais. 

De acordo com a PF, Selmo falsificou assinaturas eletrônicas de juízes, servidores da justiça e membros do MPF, além de documentos em pelo menos oito processos, sendo dois cíveis e seis criminais. 

O objetivo, além do “autoperdão” criminal, seria a liberação e a consequente apropriação de valores pendentes em ações judiciais para contas controladas por ele. Em um delas, o valor era de R$ 225.914,26 e em outra, R$ 648.575,43, totalizando R$ 874.489,69, que só não foram repassados porque servidores das Varas Federais perceberam a fraude a tempo.

Diego Guilherme Rodrigues, ainda de acordo com a investigação, foi quem forneceu a conta bancária para a transferência do dinheiro. Ele foi condenado a cinco anos e cinco meses de prisão no regime semiaberto. Ele estava preso desde 19 de maio de 2021, quando foi deflagrada a Operação Escalada Cibernética. 

Anahi Zurutuza/campograndenews

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