Polícia
"Já tinha essa maldade na mente", diz adolescente que esquartejou padrasto
Em entrevista logo após ser detido, jovem disse que praticou o crime para defender a mãe
O adolescente de 17 anos que decapitou e esquartejou o padrasto usando um machado, na noite de quarta-feira (30), alegou ter praticado o crime em defesa da mãe. A vítima, Clanderson Vilhalva Arce, 28 anos, tinha histórico de violência contra a mulher, de 57 anos.
O assassinato com requintes de crueldade ocorreu na comunidade indígena Nhu Porã, localizada na margem da BR-163, região sul de Dourados, a 251 km de Campo Grande.
“Comprei [o machado] para trabalhar, mas eu já tinha essa maldade na minha cabeça. Ele já tinha ameaçado minha mãe, ameaçado a gente também”, disse o adolescente em entrevista a repórteres que cobrem o setor policial logo após ser detido pela Polícia .
Perguntado o motivo de ter decepado os pés de Clanderson, o adolescente disse que, antes de morrer, o padrasto tentou desferir chutes nele. Pedaços do corpo ficaram espalhados no chão. Ao lado estava o machado da marca Tramontina, aparentemente novo.
O adolescente não tentou fugir ou se esconder. Permaneceu na cena do crime até a chegada da Polícia Militar e de imediato confessou o crime. “Se ele levantasse 100 vezes, eu mataria ele 100 vezes”, disse o autor em entrevista à uma emissora de TV da cidade.
Clanderson Vilhalva Arce estava com prisão preventiva decretada por causa da violência contra a mãe do adolescente. Ele já havia sido preso pelos mesmos crimes, mas foi colocado em liberdade provisória pela Justiça e logo voltou a espancar e ameaçar a mulher.
Na noite desta quarta-feira, conforme ocorrência da Polícia Militar, Clanderson teria desferido uma paulada na cabeça da mulher durante outra briga do casal.
Testemunhas ouvidas pela PM afirmaram que, em reação à agressão da mãe, o jovem se apoderou do machado e desferiu o primeiro golpe nas costas de Clanderson. O homem caiu no chão.
Em estado de fúria, o adolescente aplicou múltiplos golpes, resultando na decapitação da vítima e na separação de seus membros superiores e inferiores. O autor segue detido na carceragem da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
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