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Mais de 90% da soja de MS é produzida sem desmatamento, aponta pesquisa

Levantamento apresentado durante a COP30 analisou 74 milhões de hectares no Centro-Oeste

28 NOV 2025Por Redação/EC08h:48

Mato Grosso do Sul consolida sua posição como referência nacional em expansão agrícola sustentável. Estudo apresentado na COP30 analisou 74 milhões de hectares no Centro-Oeste e demonstrou que mais de 90% das áreas da oleaginosa monitoradas na Amazônia Legal e no Cerrado, em conjunto, cresceram sem sobreposição com desmatamento recente, desde 2019.

Conforme o levantamento inédito da Serasa Experian, em MS, o porcentual chega a 90,3% da oleaginosa produzida sem sobreposição com desmatamento recente, fruto da expansão em áreas agrícolas já consolidadas.

O estudo se baseou em mais de 111 mil registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e no cruzamento com o monitoramento oficial do sistema Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O estudo estratificou a análise pelos três maiores estados produtores, sendo 42 milhões de hectares em Mato Grosso, 19 milhões de hectares em Mato Grosso do Sul e 13 milhões de hectares em Goiás.


A cobertura diária, via solução geoespacial do Smart ESG, alcança quase 80 milhões de hectares, rastreando padrões de uso do solo e indícios de inconformidades nas propriedades analisadas.

Para o head de Agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, os dados comprovam que a soja tem avançado com sustentabilidade. “A maior parte dessa produção cresce dentro de áreas já consolidadas, sem pressionar novos territórios ou causar desmatamento. Esse é um retrato de como o agro pode aliar expansão à produtividade, eficiência e conservação”, diz.

Sustentabilidade 

Nas últimas safras, o Correio do Estado já havia mostrado que MS lidera a agenda de sustentabilidade na produção de grãos, impulsionado por práticas de integração lavoura-pecuária (ILP) e expansão agrícola em áreas de pastagens degradadas.

“Esses também são resultados que identificam uma intensificação sustentável da produção, aproveitando o potencial de uso eficiente da terra”, destaca a gerente de Soluções Agro da Serasa Experian, Jeysa Meneses. 

No Cerrado Sul-Mato-Grossense, o porcentual de 90,3% mostra justamente esse processo de intensificação em áreas já abertas, apoiado por tecnologia no campo, melhor uso da terra e forte adesão a requisitos socioambientais de mercado e de licenciamento.

Em abril deste ano, reportagem mostrou que Mato Grosso do Sul se mantém entre os estados que mais aumentaram a produção de soja nas últimas safras com menor pressão de supressões ilegais, resultado da expansão em áreas agrícolas consolidadas, e não novas aberturas nativas, um discurso que foi respaldado pelo estudo apresentado na COP30.

O Correio do Estado já havia noticiado no início deste mês que Mato Grosso do Sul seria destaque na COP30. Em um mapa nacional feito para identificar como as propriedades rurais estão inseridas no contexto de serem fiscalizadas e atenderem às exigências legais do governo federal no Código Florestal, o setor rural em o Estado recebeu reconhecimento máximo.

Dos 26 estados e o Distrito Federal, somente três unidades federativas atendem aos critérios fiscalizatórios. Além de MS, aparecem Minas Gerais e o Pará.

O movimento de MS no centro do debate global se dá em um momento crucial do mercado externo, em que compradores, sobretudo asiáticos, discutem eficiência logística e traçam critérios de compra e de contratos futuros de grãos condicionados ao desempenho ambiental e ao baixo risco de abertura de novas áreas nativas. 

Em maio deste ano, o Correio do Estado destacou que mercados compradores de grãos e proteína vêm precificando a sustentabilidade do corredor logístico e a conformidade ambiental da origem, o que beneficia cadeias mapeadas por imagens de satélite, big data e baixa conversão de áreas nativas, como ocorre em MS.

Amazônia

O levantamento mostra também que na Amazônia Legal, que, pelo estudo, engloba o estado de Mato Grosso, 90,84% das áreas de soja estão em conformidade socioambiental, desde 2019.

Com base no total monitorado, as áreas com indício de desmatamento mapeadas pelo Prodes representam apenas 9,16%. Parte dessas áreas, contudo, pode ter Autorização de Supressão de Vegetação (ASV), o que indica que a conformidade real tende a ser ainda maior.

“Por isso, é de extrema importância a centralização, o controle e a conferência das ASVs por parte dos órgãos ambientais que conduzem o licenciamento. Podemos diminuir muito a discussão e as incertezas sobre os números do desmatamento se tivermos a informação ambiental correta e disponível para consulta”, finaliza Pimenta.

Fonte: correiodoestado.com.br 

Leia mais em: https://correiodoestado.com.br/economia/mais-de-90-da-soja-de-ms-e-produzida-sem-desmatamento-aponta/458250/

M9

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