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Igrejas LGBts crescem em MS, mas sofrem com "vergonha" de fiéis

Igreja inclusiva Sou Casa acaba de abrir um templo em Dourados se prepara para abrir outro em Campo Grande

30 MAI 2021Por Emilly Constanci06h:11

Mato Grosso do Sul tem registrado um aumento no número das chamadas igrejas inclusivas, cujo objetivo é acolher a comunidade LGBTQIA+, normalmente marginalizada nas igrejas tradicionais.

Com sede em Três Lagoas, a igreja Sou Casa acaba de abrir um templo em Dourados e se prepara para criar uma célula em Campo Grande, no próximo dia 19 de junho.

Liderado pela Bispa Dayane Cristina Lopes, de 33 anos, a igreja tem um formato litúrgico muito parecido com as igrejas evangélicas, mas com temas bem diferentes. "Sou lésbica e vivi 15 anos dentro de uma igreja evangélica tradicional, onde me diziam que Deus me amava, mas não me aceitava. Na Sou Casa eu digo: Deu me ama e me aceita”.

Faz dois anos que Bispa Dayane tirou da decepção a força para criar sua própria igreja. “Deus me disse pra eu usar a palavra pra liderar uma igreja, Ele me direcionou para teologia inclusiva”.

Campo Grande já conta com outras iniciativas cristãs inclusivas, como o projeto Porta de Amor, liderado por Everson Pires, de 35 anos.

Porta de Amor não uma igreja ainda, funciona mais como uma comunidade religiosa. Everson abriu sua própria casa para realizar os encontros.

“Devido às atuais circunstâncias, eu já assumidamente gay, senti no meu coração abrir minha casa a todos sem acepção de pessoas, todos quanto queiram ouvir a palavra de Deus, pois durante anos ouvimos palavras distorcidas da bíblia que de maneira destrutiva sempre é até hoje é usado para nos destruir e nos afastar do amor de Deus”.

Mesmo com o número crescente, as duas iniciativas patinam um pouco no número de fiéis. A Sou Casa em Três Lagoas tem cerca de 40 membros, já o projeto Porta de Amor sofreu com a pandemia conta com a constância com pouco mais de 10.

“Nossa última reunião estávamos entre 11 pessoas, sendo que das 11 pessoas ,2 eram a primeira vez, era um casal de lésbicas”, explica Everson.

Bispa Dayane explica que muitas pessoas ate frequentam, mas pedem para não serem expostos. Pedem pra não tirarmos fotos, essas coisas, ainda existe muito estigma”.

Em ambos os casos héteros são bem-vindos. “Meu grande sonho é uma igreja para todos, onde todos tenham a liberdade de exercer sua fé, seu ministério para quem canta,quem prega a palavra de Deus, e por vai”.

A Sou Casa em Campo Grande funcionará na rua Esperidião Castelo Branco, N 219. Para mais informações sobre o projeto Porta do Amor, entre em contato com o número (67) 99181-3508

Campo Grande News - Lucas Mamédio 

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