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Estudantes da UFMS abrem abaixo assinado para suspender o primeiro semestre letivo
Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), abriram uma Petição Pública, para motivar a suspensão do primeiro semestre letivo de 2020.
Até o fechamento da matéria, já existem 1.858 assinaturas em concordância com a petição
Essa é a segunda petição, a primeira foi aberta pelo Centro Acadêmico de Psicologia, gestão XV de Maio - União e Resistência, do campus de Paranaíba, na metade de março (Clique aqui para ver a petição).
Agora, na metade do semestre letivo, outros alunos manifestaram essa nova petição, que já conta com mais de 1.850 assinaturas, onde pedem que as atividades já realizadas até o presente momento sejam validadas e que o restante do semestre seja suspenso até a volta das aulas presenciais.
As aulas começaram no dia 17 de fevereiro e teriam o fim do semestre no dia 04 de julho
O abaixo-assinado solicita que a reitoria suspenda o semestre letivo 2020/1 (Clique aqui para ver a petição), pautado nos seguintes fatos:
- A crise de saúde que se desenha não prevê cenário propício para a retomada das aulas nos próximos meses. As atividades EAD não são suficientes para suprir a falta de aulas.
- Os docentes não tiveram tempo hábil para preparar material de qualidade semelhante ao repassado presencialmente.
- Falta de padronização do meio de comunicação entre a comunidade docente e a discente (alguns usam o AVA, outros usam Google Classroom, sendo o AVA um sistema instável).
- Falta de acesso, por uma parcela da comunidade discente, a meios tecnológicos que possibilitem o acompanhamento das aulas na modalidade EAD.
- Falta de acesso, por uma parcela da comunidade discente, a meio de transporte, para que possam usufruir das instalações ofertadas pela universidade para o acompanhamento das aulas na modalidade EAD.
O corpo discente também requer:
- O aproveitamento das atividades realizadas até o momento anterior à suspensão, na eventual retomada do calendário.
- A continuidade dos pagamentos de bolsas aos membros do corpo discente durante a paralisação, já que essa é a única fonte de renda de muitos alunos da instituição.
- A elaboração de um calendário pós-paralisação que vise minimizar os impactos da paralização, respeitando os acadêmicos e professores, evitando "empilhar semestres e conteúdo".
A maior parte das reclamações é a falta de acesso a computadores e/ou internet rápida
Alguns alunos informaram que as aulas práticas na área da saúde estão sendo suspensas, após dois meses em sistema a distância, pois conforme o MEC, as aulas práticas não podem ser substituídas por aulas virtuais.
Das 69 universidades federais do país, 11 autorizaram a continuidade de suas atividades curriculares a distância
Em sua grande maioria, as universidades federais paralisaram todas as suas atividades por tempo indeterminado ou parcial.