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Ano começa com recorde de queimadas no Pantanal para janeiro

4 FEV 2017Por G111h:12

O ano de 2017 começou com um recorde preocupante em Mato Grosso do Sul: o maior número de focos queimadas em janeiro no estado desde 1998, quando teve início a série histórica. Pior, mais de dois terços dos incêndios foram registrados no Pantanal. Os dados são do Corpo de Bombeiros Militar do estado.

No mês passado, Mato Grosso do Sul teve 355 focos de calor registrados por satélite, bem mais que o dobro do registrado em janeiro de 2016, quando foram 127.

Um incêndio que teve início no território boliviano no começo do ano, atravessou a fronteira e chegou ao Brasil, deixando Corumbá - no Pantanal sul-mato-grossense, a 415 quilômetros de Campo Grande - encoberta por uma nuvem de fumaça, o que aumentou também o número de animais que fugiram para a área urbana.

De acordo com o chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, tenente-coronel Waldemir Moreira Junior, a explicação para o alto índice de incêndios está em condições climáticas, como a falta de chuvas e a alta incidência de raios, e em uma questão cultural, de eliminar a vegetação por meio da queimada.

Pantanal em chamas

Dos focos de calor, 69,9% foram registrados em Corumbá, conhecido como a capital do Pantanal. Foi o município brasileiro com maior número de focos de calor.

“É muito preocupante porque Corumbá é Pantanal. Corumbá é maior que o estado do Rio de Janeiro e quando acontece um incêndio temos consequência como a poluição ambiental e a morte de animais”, afirmou o tenente-coronel.

Moreira Junior explicou que o combate aos incêndios no Pantanal também é muito complicado por causa do difícil acesso. O combate ao fogo na região é feito pelo Corpo de Bombeiros e pelo Centro Especializado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), órgão ligado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Condições climáticas

Em Corumbá, praticamente não choveu no mês de janeiro. Foi registrado 1,2 mm de chuva. A média histórica é de 207,1 milímetros, segundo o Climatempo.

E se depender da meteorologia, o número de queimadas pode aumentar. A previsão para os próximos 15 dias é de que chova de 30 milímetros a 70 milímetros para as maioria das áreas de Mato Grosso do Sul, ainda de acordo com a previsão meteorológica do Climatempo.

No Pantanal, na divisa com Mato Grosso, no mesmo período, pode chover até pouco mais de 100 milímetros em algumas áreas.

M9

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