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Coluna

‘União Brasil’: um partido da conveniência?

25 OUT 2021Por Manoel Afonso16h:02

‘UNIÃO BRASIL’: Um partido da conveniência? Uma espécie de fruto de inseminação artificial?  Para questionar sua bandeira basta analisar o currículo de seus principais personagens nacionais. Aqui, a futura sigla não tem empolgado, há dificuldades na atração de lideranças. A deputada Rose Modesto (PSDB) não se entusiasmou com o convite. 

LEMBRANDO... É difícil viabilizar uma nova sigla devido às características políticas do Mato Grosso do Sul. Aliás, na década de 80, investidos em mandatos parlamentares, Leite Schimdt e Rubem Figueiró tentaram, sem sucesso implantar o PP. Em 1982 houve mudanças na lei eleitoral pelo presidente João Figueiredo e o PP foi incorporado ao MDB.

DR. ULYSSES: ‘Lá em cima’ decepcionado com os ‘paladinos’ da moral do MDB. Na extensa lista, duas lideranças regionais: o ex-prefeito de Maracaju Maurílio Azambuja (de tornozeleira/denunciado por irregularidades) e do ex-governador Puccinelli, sofrendo nova derrota no Judiciário Federal.  Pior do que as sentenças é o veredito soberano da opinião pública.

PREVISÕES: Pela postura do senador Renan Calheiros na CPI da Vacina, parte do MDB ficará com Lula. Há também emedebistas se agrupando em torno de Bolsonaro; quem delira com a candidatura própria são aqueles que apostam na terceira via. Políticos profissionais experientes, eles devem esperar a hora certa para fazer um bom negócio. 

ARTHUR VIRGÍLIO: Tem currículo, impressionou. É bom debatedor. Diplomata de carreira (Instituto Rio Branco), prefeito de Manaus e deputado federal por 3 mandatos cada, senador, líder do Governo FHC na Câmara e seu ministro, coordenou as campanhas presidenciais de Tancredo Neves e Mario Covas. Frase dele na coletiva em Campo Grande: “Num país onde tem democracia não há fome, não falta comida”.

DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa:(PSDB):  ajudou a criar o programa de emissão de carteiras gratuitas de habilitação de motoristas; prorrogou, a pedido de deputados, a suspensão dos trabalhos da CPI da Energiza. José Teixeira (DEM): atento as questões ruralistas e do meio ambiente; lamenta a lentidão das obras do aeroporto de Dourados e sugere a ajuda da ministra Tereza Cristina.  Lucas de Lima (Sol): tem projeto obrigando a exibição de vídeos educativos contra as drogas nos cinemas; presente ao lançamento do programa MS+Esporte; aprovado seu projeto que incentiva a propaganda de incentivo a  maior vacinação anti-Covid. João H. Catan (PL): Entregou R$835 mil (do total de R$ 1,8 milhão) em emendas para entidades e setores da gestão pública de Paranaíba; declarada de utilidade pública a Sociedade Abrigo dos Bichos em Campo Grande. Mara Caseiro (PSDB): atendida no pedido de asfaltamento (31 kms) da ‘Estrada da Balsinha’ em Naviraí; pede asfalto na rodovia Bandeirantes-Rio Negro; lançou a campanha ‘Lenço Solidário’ no Outubro Rosa contra o câncer de mama. 

CANSAÇO: “...São muitas as razões para estarmos cansados. Na política então, estamos a ponto de ter de volta a gangue do PT porque a gangue bolsonarista parece pior agora. O Brasil vive seu ocaso político: a classe política é um lixo, a elite sempre oportunista com pitadas de solidariedade gourmet, o pensamento orgânico do PT se prepara para retomar sua hegemonia na máquina de produção de conteúdo...” (Luiz Felipe Pondé)

IMPROVÁVEL: Após a CPI assim é avaliada a chance de condenação imediata ou impeachment do presidente Bolsonaro. Tem a seu favor o Procurador Geral Augusto Aras e o presidente da Câmara Artur Lira. Mas sem mandato, alguns destes casos desceriam para instâncias inferiores - onde promotores e magistrados revoltados com o destino da Lava Jato poderiam mudar o quadro. 

ELEIÇÕES 2022:  Por essa exposição sintetizada o leitor já entendeu a importância  para Bolsonaro se reeleger. Sem mandato perde a blindagem, perde o cacife das barganhas.  No Brasil é assim. Afinal, dos 512 deputados federais ele precisa de 342 para impedir que o pedido de impeachment prospere na Câmara. Muito? Pouco? Depende...

ERRARAM... Os ex-presidentes Collor de Mello (PRN) e Dilma Roussef (PT) jogaram equivocamente e perderam o cargo. Vale citar o caso do ex-prefeito Alcides Bernal (PP)  de Campo Grande. Não teve o senso político (jogo de cintura) nas relações com a Câmara Municipal. E deu no que deu. Política exige algo mais que prestígio: habilidade.

AÇÕES PARLAMENTARES: Gerson Claro (PP): enaltece o investimento de R$ 120 milhões do Governo Estadual no esporte; presidiu reunião da CCJR que analisou 8 propostas; comemora a emenda de R$ 1.850,00 milhão que solicitou ao deputado federal Beto Pereira (PSDB) para a Saúde (compra de ambulância) e Educação de Sidrolândia. Pedro Kemp (PT): proposta sua dá aos trabalhadores da iniciativa pública e privada o direito de se ausentar do serviço para realizar exame da próstata. NenoRazuk (PTB): Sucesso o 1º Leilão que promoveu no dia 16 em prol da Causa Autista rendendo R$ 585.840,00 mil para as entidades da capital, Dourados e Navirai. Amarildo Cruz (PT): antenado, percorreu regiões atingidas pela tempestade na capital, ouviu a comunidade e encaminhou pedidos à Agepan, Procon e Energisa para restaurar a energia elétrica e outros serviços indispensáveis a vida urbana. José C. Barbosa (DEM): aprovado na CCJR seu projeto denominando Amaro de Souza a ponte no rio Dourados na MS 274; vigilante, questionou os entraves que estão retardando o final das obras do aeroporto de Dourados.

DESGASTA?  Claro, a resposta depende da ótica de análise. Por quais razões os deputados Bia Cavassa (PSDB), Luiz Ovando (PSL) e Vander Loubet (PT) votaram a favor do projeto que enfraqueceria o Ministério Público? Um tema tão debatido antes na mídia  e que ganha o mesmo espaço após a derrota da proposta.  Quanto aos nossos outros 5 parlamentares (contra o projeto) se livraram de um baita desgaste. 

SALVAÇÃO:  Para as siglas nanicas a ‘Federação dos Partidos’seria a saída jurídica para fugir do castigo imposto pela cláusula de barreira. Sem grana do Fundo Partidário e tempo na TV, caminhariam para a extinção. Embora unidos, esses partidos menores conseguirão manter suas identidades próprias. É diferente das coligações temporárias que só duram até as eleições. 

LINHAS GERAIS: Essa união de nanicos não ficará restrita só a uma eleição. Precisa durar por no mínimo 4 anos, englobando a eleição presidencial, as candidaturas estaduais e as atuações na Câmara e Senado. Na pratica será difícil manter a fidelidade e a mesma posição diante dos conflitos de interesses nas bases.  Proibido ser parceiro na Assembleia, Câmara, Senado e adversário no município. Aí é que serão elas!

CONVENHAMOS!  Impressiona a criatividade dos nossos congressistas em encontrar soluções para problemas que possam afetá-los. É o tal corporativismo onde as diferenças partidárias e pessoais são colocadas temporariamente de lado. Quando você pensa que   poderiam se regenerarem, eles retomam as velhas práticas do vale tudo. ‘Meu pirão – primeiro’.   

PARLAMENTARES EM AÇÃO: Marçal Filho (PSDB): em sessão, homenageou professores, administrativos e gestores da Educação; aprovado seu projeto humanizando o atendimento as mulheres vítimas da violência; sancionada lei contra o ‘stalking’ fruto de seu projeto. Lídio Lopes (Patri): foi ao Acre em missão da Unale onde promoveu o evento da entidade em novembro em Campo Grande. Evander Vendramini (PP): alvo de elogios da sociedade pelo seu projeto contra o oferecimento de empréstimos; sua atuação em defesa do pantanal rendeu-lhe reconhecimento do Governo Estadual. Capitão Contar (PSL): Pede medidas urgentes ao Procon, Agepan e Governo; requer um canal exclusivo da Energisa  para atender aos consumidores atingidos pela tempestade; pede pesagem eletrônica automatizada nas principais rodovias do MS. Antônio Vaz (Rep):  feliz com aprovação de seu projeto dispondo sobre o prazo de validade do laudo médico pericial do Transtorno do Espectro Autista no âmbito do Estado. Gosta do que faz. 

A FATURA: Foram R$ 2,3 bilhões a mais que o MS arrecadou com impostos entre janeiro e setembro. De R$ 9,6 bilhões em 2020 para R$ 11,9 bilhões; ou seja, 24% de aumento em 2021.  O ICMS foi o responsável por 84,31% de todos os tributos neste período - com crescimento de 26,93% em relação ao mesmo período do ano passado. 

JUSTIFICATIVA: Com a crise do Covid-19 as pessoas não gastaram e o consumo de bens caiu. A retomada da economia em 2021e a explosão de preços do petróleo no mundo aumentaram a arrecadação do ICMS em mais de 30%. Nesta mesma esteira veio a fatura a maior (14,87%) da energia elétrica. Enfim, essa crise sanitária acabou engordando os cofres dos Estados. 

NOVOS TEMPOS: Quando foi que você emitiu ou recebeu o último cheque?  Cheque virou raridade. Os cartões de débito/crédito, as transferências eletrônicas e o PIX ajudam a diminuir o uso dos cheques. Outra consequência: aqueles que faturam descontando os cheques recebidos pelo comércio - antecipando a grana dos ‘pré-datados’ - tiveram o movimento reduzido.

CORREÇÃO: O candidato do PT Humberto Amaducci obteve no pleito de 2018  10,16% dos votos e não os 4% constantes na edição anterior. E a pergunta da hora: será que mantida a polarização Bolsonaro e Lula em 2022, o atual presidente repetiria os 872.049 votos (65,22%) obtidos no MS contra Fernando Haddad (PT) (465.025 votos) 34,78%?

PILULAS DIGITAIS:

‘E o vento levou...’ em Campo Grande, mas sem direito a Clark Gable e Vivien Leigh.

Renan Calheiros; a caminho da canonização?

Reclamação: Ninguém me apresenta esse tal ‘mar de lama’! Eu queria entrar nele só por meia horinha. 

Eu tenho uma teoria de que a verdade nunca é dita durante o horário comercial. ( Hunter S.Thompson)

A nossa sociedade é essencialmente baseada na glorificação do ego; para ser feliz um sujeito precisa estar acima da massa. (Bernardo Bertolucci)

Sem invenção a vida fica sem graça. Por mais que você escolha não viver, a vida te agarra em alguma esquina.  

O dinheiro é ótimo. Tira a pessoa da pobreza. Mas não tira a pobreza da pessoa. 

Multar quem não usa máscara é fácil. Difícil é prender quem comprou respiradouros super faturados. 

O mundo estaria a salvo se os homens de bem tivessem a mesma ousadia dos canalhas.( Nelson Rodrigues)

Todos estamos carentes. Tudo é o mínimo para compensar as privações da pandemia. ( Fabricio Carpinejar)