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Manoel Afonso

Coluna

Nestas eleições não perca o bom humor

8 MAR 2022Por Manoel Afonso09h:27

MAU HUMOR: Nos últimos anos é visível a perda do nosso bom humor. Essa acidez seria fruto dos tempos bicudos? Postura impaciente que deve se agravar neste período eleitoral. Amizades, relações sociais e familiares rompidas e até violência. E será que vale a pena a polarização pelas ideias de políticos de quem você tem pouca ou nenhuma relação pessoal? Ora! Perca o voto, mas não perca o amigo.

É PRECISO pensar seriamente sobre isso. Eleger a identidade política partidária como parâmetro na escolha das pessoas de nossas relações é injustificável. Uma grande bobagem! A postura dos vencedores, independentemente do partido, dificilmente corresponderá as expectativas geradas pelas mensagens (propagandas) divulgadas em campanha. 

É GERAL: Se antes essa postura radical de eleitores era visível só nas eleições de cidades interioranas, hoje ela ocorre também em Campo Grande. A intolerância saiu dos limites da ‘guerra no trânsito’ e faz parte do cotidiano. Mas ao invés da polarização raivosa, cabe sim o humor irônico contra os políticos vilões fantasiados de vítimas ou ‘Salvadores da Patria”? Nos 2 casos os candidatos pedem nossa confiança. Mas eleitos, não a devolvem mais.

COMPARAÇÃO: Há quem coloque no mesmo nível os políticos e os nossos jogadores de futebol. O torcedor fanático gasta e sofre com a falta de empenho dos atletas que tanto elogia. Para piorar seu astral, assiste decepcionado às declarações inconvincentes dos seus ídolos após as derrotas. A pergunta: será que eles merecem tanto destes torcedores ingênuos?

COMPROMETIMENTO: É a matéria prima do bom desempenho em todas as atividades. Na vida pública vem tornando cada vez mais escassa.  Como esperar que os políticos devolvam a confiança que depositamos neles nas urnas - se figuram no noticiário policial e até acabam presos? Portanto, não merecem que você perca seu tempo e o bom humor na defesa deles. 

A PROPÓSITO:  “Uma das piores consequências da polarização político-ideológica é a perda do senso de humor. Nem falo de piadas preconceituosas ou de baixo calão. Falo da ironia fina, dos trocadilhos, dessas atividades linguísticas que torna a vida mais palatável e que também nos faz pensar. Você, caro leitor, já deve ter passado por isso ultimamente: soltou um chiste inofensivo e acabou soterrado por problematizações...” (Lygia Maria, na ‘Folha de São Paulo”). 

SALADA MISTA:  Dois fatores deverão ser determinantes na composição dos partidos em nível nacional com reflexos nos Estados: as janelas partidárias que estão abrindo e a definição das Federações Partidárias que já vislumbram como complexas por razões conhecidas. O que pode ser possível em nível federal, seria utopia em cada Estado. Uma caixa de pandora!

CENÁRIO-1: Teremos 3 novas vagas para a Câmara Federal devido as novas opções  eleitorais anunciadas: da deputadas Tereza Cristina (DEM), Rose Modesto (PSDB) e Tio Truts (PSL), pré candidato ao Governo pelo PTC. Esse quadro incentiva inclusive novos pretendentes que já fazem as contas para concluir se tem ou não chances de chegar lá.

CENÁRIO-2:  Quais nomes de peso trocarão de siglas? Reinaldo renuncia ou cumpre o mandato? Qual o rumo do vice-governador Murilo Zauthi (DEM)? Rose Modesto (PSDB) seria candidata ao Senado, governadora ou a deputada federal? Como Marcos Trad (PSD)  vai costurar sua candidatura? Como se portará o ex-governador Puccinelli (MDB) na Federação Partidária abrigando também o concorrente Eduardo Riedel (PSDB)?

ESQUISITA a hipótese do MDB e PSDB juntos. Embora discreto, o governador Reinaldo nunca poupou críticas à conduta de seu antecessor do MDB - casos do caríssimo Aquário do Pantanal e da famigerada Lama Asfáltica. Essa proximidade por mera conveniência poderá ser negativa aos olhos do eleitor antenado, alterando o seu humor inclusive.

VERDADE? Para o presidente do MDB - deputado Baleia Rossi o partido não fará parte da federação de olho nas eleições nos Estados e na Câmara Federal. Reafirma o projeto com Simone Tebet ao Planalto enquanto o senador Renan Calheiros (MDB) troca afagos com o ex-presidente Lula. OMDB tinha 66 deputados federais e caiu para 34 em 2018. Enfim, envelheceu também em nível nacional. 

DIFICULDADES:  Comuns a todos pretendentes ao Governo Estadual. No caso do ex-governador Puccinelli (MDB) é montar uma chapa forte. Para a Assembleia teria 3 nomes competitivos: Jr. Mochi e os deputados Renato Câmara e Marcio Fernandes. Para a Câmara Federal deve priorizar o ex-senador Moka. Para o senado seria Rose Modesto ou Tereza Cristina. 

MARQUINHOS TRAD: Com as bênçãos do presidente Gilberto Kassad confirma sua pré-candidatura ao Governo neste sábado, desfazendo assim especulações. O desafio maior é popularizar seu nome e viabilizar apoios no interior. Vai tentar atrair bons nomes durante a janela partidária e um dos nomes confirmados é do deputado estadual Felipe Orro que já deixou o PSDB. 

EDUARDO RIEDEL: Vem fazendo a lição de casa e constrói cenário favorável para a oficialização de seu nome ao Governo pelo PSDB. A opinião unânime é que ele melhorou sua performance nas tratativas com vereadores, prefeitos, deputados e agentes políticos. Indicado pelo governador Reinaldo já colhe dividendos pela sua participação elogiada na administração estadual. Sem desgastes quer emplacar a imagem do novo e competente. 

ZECA DO PT: Pés no chão,  faz a leitura do quadro local e aguarda os próximos capítulos da sucessão presidencial. Tem compromisso com Lula e o partido, mas há circunstâncias  diferentes daquelas dos últimos pleitos. Enquanto a hora da decisão não vem, Zeca vai conversando com protagonistas de peso. Responsabilidade com maturidade.

DOURADOS: Continua sendo vista como uma efervescente caixa de maribondos.  Os seus políticos em contínua movimentação, rendendo comentários críticos e colocando em dúvidas inclusive a viabilidade de seus projetos nestas eleições. Ainda é cedo para apontar quem serão os seus líderes vitoriosos. Dourados; quem te conhece...

EM ALTA: Café amigo com o deputado Lídio Lopes (Patri). Paciente, tem a vocação para ouvir e só depois emitir mineiramente sua opinião. Feliz com a receptividade de seu trabalho, já trabalha pela reeleição. Tem percorrido todo o Estado, ouvindo lideranças. O melhor: sua eleição para a presidência da UNALE não tem atrapalhado sua agenda estadual.

AVALIAÇÕES: O deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), segundo o Instituto Ranking, além de ser o parlamentar melhor avaliado lidera na intenção de votos. Enquanto isso, seu colega Lucas de Lima (Sol.) é o segundo colocado para a reeleição. Na mesma pesquisa o deputado Marçal Filho (PSDB) é o segundo melhor avaliado em 30 cidades entre 21/26 de fevereiro de 2022, registro no TSE sob nºs MS-01590/2022 e BR-05274/2022. 

SURREALISTA: A guerra na Ucrânia rachou as ideologias antes bem definidas. Temos visto Bolsonaristas alfinetando o Presidente da República por suas insistentes declarações contraditórias e pela sua visita inoportuna à Moscou. Há também esquerdistas criticando os comunistas ‘imperialistas’ pela invasão. Contradições a parte, especialistas lembram: a ‘geopolítica’ mudou. 

TUTANO: Exemplos de patriotismo dos ucranianos repercutem mundo afora.  Esse sentimento pela terra, liberdade, cultura e valores é fruto da luta contra as invasões e ocupações ao longo de sua história sofrida. Nós brasileiros, de passado curto e inconvincente, admiramos e invejamos o ‘tutano’ do povo ucraniano.

PÍLULAS DIGITAIS:

Lula prepara discurso para se aliar a quem defender o impeachment de Dilma (na internet)

Ser político é encontrar sempre uma saída honrosa, é nunca pisar nos amigos sem pedir desculpas (Millôr Fernandes)

Agora começa aquela fase difícil entre o carnaval e o mês de dezembro (na internet)

No Brasil, hoje, há escassez de lideranças públicas, pouca qualificação nos debates e elevado grau de polarização política (Everardo Maciel)

Na guerra, a primeira vítima é sempre a verdade (Ricardo Noblat)

STF forma maioria para manter fundão eleitoral em R$4,9 bilhões (na internet)