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Atirador confundiu tatuagem ao executar dono de pizzaria por engano em Sonora 

Verdadeiro alvo de atiradores era o funcionário da pizzaria, apontado como integrante de facção criminosa

22 JAN 2024Por Redação/EC19h:00

Executado a tiros por engano, Tiago Valdecir Sandrin, de 37 anos, proprietário da Lanchonete e Pizzaria Sandrin, foi confundido com o real alvo do atirador por causa de uma tatuagem no braço. O crime ocorreu na noite de sábado (20), na cidade de Sonora. O atirador Rhariston Alves de Souza, de 21 anos, conhecido como "Sem Fronteiras", morreu após trocar tiros com a PM (Polícia Militar) no domingo (21). 

O delegado-geral de Polícia Civil falou brevemente sobre o caso durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (22). Ele confirmou que a tatuagem era uma das características que Tiago Valdecir e o real alvo, o funcionário da pizzaria, tinham em comum.

"Na pizzaria, se deparam [os executores do crime] com uma pessoa com a tatuagem no braço e, obviamente, quando se pratica um crime como esse ninguém tem tempo para ficar analisando a vítima", diz. "Provavelmente estavam sob efeito de drogas e há também toda a adrenalina que envolve um crime como esse", completa Gurgel.

Sandrin era o proprietário do estabelecimento e havia recém-assumido o caixa, quando o atirador chegou. Rhariston ocupava a garupa de uma motocicleta, aparentemente de cor azul, foi direto até a vítima e disparou diversas vezes. Na sequência, saiu efetuando vários disparos para cima e fugiu com o comparsa que conduzia a moto. 

Após o homicídio de Sandrin, a polícia intensificou as diligências pelos suspeitos. Na manhã deste domingo (21), recebeu informações sobre movimentação estranha em um imóvel da Rua Buritis, no Centro de Sonora. A informação era de que os dois suspeitos pela execução de Sandrin - motociclista e atirador - estavam no imóvel.

Além da moto usada no crime ter sido vista na casa da Rua Buritis, a polícia também percebeu nas imagens da câmera de segurança no entorno da pizzaria que um carro preto prestava apoio aos executores, fato que também contribuiu para a elucidação do homicídio.

Diante das informações, a polícia foi até o imóvel e houve troca de tiros, quando Rhariston foi atingido e morreu. Na casa onde ele estava havia outras cinco pessoas, entre elas dois menores, apontados como integrantes da facção criminosa CV (Comando Vermelho). Um dos rapazes confirmou que conduzia a moto utilizada na execução de Sandrin e Rhariston seria o atirador - fato que será apurado.

A moto utilizada no crime foi apreendida em outro imóvel, também alugado pela facção criminosa. Na residência da Rua Buritis, a polícia encontrou 262 munições, duas pistolas 9 mm (milímetros) e uma arma calibre 12. Também foram apreendidas porções de drogas e dinheiro.

Segundo a polícia, o caso envolve briga entre as facções criminosas CV (Comando Vermelho) e PCC (Primeiro Comando da Capital) para o domínio do tráfico de drogas em Sonora. O grupo preso saiu de Rondonópolis (MT) e se instalou na região para executar integrantes da facção rival.

Fichado - Rhariston, que morreu na troca de tiros, já era procurado pela polícia de Mato Grosso. Entre os crimes listados no nome dele estão: homicídio, associação criminosa e roubo. O último crime cometido, antes de seguir para Sonora, foi um assalto contra uma autopeças, na cidade de Rondonópolis (MT). 

Na ocasião, dia 16 de janeiro, funcionários da empresa foram surpreendidos por três suspeitos, dois armados, que os mantiveram em cárcere privado enquanto tentavam fazer transferências via Pix dos aplicativos das vítimas. Além disso, os criminosos roubaram dinheiro em espécie, joias e os aparelhos celulares. 

Na quinta-feira (18), dois homens de 18 anos foram presos pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, em Rondonópolis, mas Rhariston já havia fugido para Mato Grosso do Sul. A polícia local divulgou, inclusive, um cartaz de procurado para encontrá-lo. 

Dayene Paz e Antonio Bispo/campograndenews

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