Cidades
Moradores da Capital reclamam de aumento no aparecimento de escorpiões
Além do constante aparecimento, a população também reclama da dificuldade por atendimento dos setores públicos
Com o aumento do calor e das chuvas, os aparecimentos de escorpiões têm sido mais recorrentes na Capital. Moradores reclamam que o problema se repete todos os anos, além de encontrarem dificuldades na busca por ajuda de órgãos públicos municipais.
A assessora de imprensa, Bianka Macário, reclama da dificuldade em encontrar ajuda com órgãos públicos do município.
“Não há atendimento efetivo da prefeitura, e é um problema de muitos anos. Todos os períodos de chuva e calor intenso sofremos com o mesmo problema, com a infestação de escorpiões”, disse.
Ela relata não enfrentar sozinha o problema com escorpiões. Seus vizinhos sempre fazem a mesma reclamação e vivem preocupados.
A preocupação atinge, em especial, famílias com crianças pequenas e animais de estimação, os quais são alvos mais suscetíveis às picadas do animal venenoso.
"A sensação é de insegurança, pois sabemos como pode ser grave uma picada de um animal como escorpião, fora a segurança de cães, gatos e crianças que são mais suscetíveis ao perigo", destaca Bianka.
Além do recorrente aparecimento de escorpiões, campo-grandenses também reclamam de invasões de formigas.
Orientações
O Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox) orienta sobre cuidados e indica que busquem suporte pelos telefones 0800 722 6001, (67) 3386-8655 ou 150.
A prefeitura orienta que a população ligue para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Os telefones disponibilizados são: (67) 3314-5000 / (67) 3314-5001. O e-mail para contato é o ccz@sesau.campogrande.ms.gov.br
Mesmo com a disponibilidade desses contatos, a população reclama sobre ter dificuldades para receberem atendimento.
A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) reforça a orientação à população para que em casos de acidentes por animais peçonhentos, procure o serviço de saúde de urgência mais próximo para que possa receber o tratamento o mais rápido possível.
Entre outras medidas está a higienização do local ferido com água e sabão e a aplicação de compressa morna.
Quando possível, orienta-se capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde.
Com relação às crianças menores de 10 anos, a melhor medida é levá-las imediatamente para o serviço de saúde.
O que não fazer
Além de orientações sobre o que fazer, a Sesau orienta o que não deve ser feito.
- Não fazer torniquete ou garrote, não furar, não cortar, não queimar, não espremer o local da picada.
- Não fazer sucção no local da ferida.
- Não aplicar qualquer tipo de substância sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina, pó de café, terra), nem fazer curativos que fechem o local, pois isso pode favorecer a ocorrência de infecções.
- Não ingerir bebida alcoólica, álcool, querosene, gasolina ou fumo no intuito de tirar a dor, pois além de não agir contra o veneno, ainda poderá causar complicações no quadro clínico.
- Não colocar gelo ou água fria no local da picada, pois acentua a dor.
Com relação aos espaços:
- Manter jardins e quintais limpos.
- Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas.
- Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas.
- Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto às casas.
- Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo.
- Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
- Afastar as camas e berços das paredes;
- Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem-se ao chão;
- Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos que servem de alimento para os escorpiões;
- Preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos noturnos, como coruja, lagartos, lagartixas e sapos.
Valesca Consilaro - Correio do Estado