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Brasil

Família cria animais exóticos há três gerações, em Quirinópolis

24 MAR 201909h:59

Uma família goiana cria animais selvagens e exóticos, há 20 anos, em uma fazenda em Quirinópolis, região Sul de Goiás. Há algumas décadas, o forte da propriedade, de 100 hectares, era a criação de gado. No entanto, devido ao tamanho reduzido da fazenda e o gosto por animais exóticos, a família decidiu mudar o foco da criação.

“Por ser pequena, qualquer atividade que fosse mexer para a subsistência para a família seria restrita. Então a gente optou por criar coisas diferentes que possa ter um valor agregado um pouco mais expressivo na área”, explicou Noel Gonçalves Miranda, um dos donos da fazenda.

Tanto o pai de Noel Gonçalves, que também se chama Noel, quanto o filho, Noel Júnior, trabalham juntos na criação de cerca de 50 espécies da África, Europa, Ásia e Oceania, que totalizam mil animais na propriedade.

Exóticos e silvestres

Um dos animais que se destaca é o carneiro-crioulo. Ele possui quatro chifres, o que chama atenção. Além disso, ele não possui lã, mas sim pelo. Tem também o ganu, também chamado de boi-cavalo, de espécie africana, que é conhecido por ser agressivo e não aceita ser domesticado.

Além dos animais exóticos, a fazenda também vem obtendo sucesso na reprodução de animais silvestres, como é o caso da anta, ameaçada de extinção. Segundo Noel Gonçalves, esse tipo de animal só pode ser comercializado a partir da segunda geração de cativeiro.

“Recebo um animal deste que foi apreendido pelos órgãos ambientais, que tem que destinar ao Cetas ou ao criador, ele vem para mim, mas não me pertence, pertence à União. Aí como ele é ameaçado de extinção, eu só posso comercializar a segunda geração de cativeiro, ou seja, tem que nascer um filhote, e o filhote desse filhote que eu posso vender”, explica.

Atualmente, o destaque da fazenda é a criação de cervídeos, animais que trocam os chifres periodicamente, como o cervo nobre e o dama-dama. Tem também os antílopes, aqueles que têm chifres permanentes, como o gnu e waterbuck. Cerca de 500 deles tomam conta das pastagens.

A propriedade também conta com lhamas, mini cabras e até búfalos albinóides. Esses possuem os olhos azuis e a maior parte do corpo branca, mas algumas pigmentadas.

Búfalo albinóide possui os olhos azuis e parte do corpo branca — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A fazenda também tem uma área de 40 hectares na qual os animais convivem de forma quase que livre e coletiva. Cada espécie forma seu próprio grupo, alguns com porte de manada.

De acordo com Noel Gonçalves, os animais se adaptaram bem ao cerrado brasileiro e se reproduzem com frequência. São 200 nascimentos por ano somente de cervos e antílopes.

Negócio

A criação é autorizada e tem acompanhamento de órgãos ambientais como Ibama e Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

O antigo curral da fazenda foi adaptado para o manejo de pequenos animais com um sistema de apartação. O filho Noel Júnior ajuda no manejo. Todos os animais saem do curral com marcação individual - anilha, brinco e microchip, que funciona como uma digital, que vai para o sistema do Ibama.

A fazenda possui clientes de diversos estados. Os principais compradores são donos de hotéis fazenda, sítios e pousadas. O preço depende da espécie, podendo variar de R$ 1 mil a R$ 15 mil.

Fonte: Lis Lopes e Márcio Venício, G1 GO e TV Anhanguera

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