Mercado da pecuária bovina de corte segue com firmeza em MS

A pecuária bovina de corte brasileira segue com bons resultados e expectativas ainda melhores. Ao afirmar isso, destaco a maior parte dos elos da cadeia produtiva que têm vivido, uma situação favorável. Neste momento há uma clara perspectiva de elevação nos valores da arroba do boi gordo, sinalização de preços e demanda internacional aquecida. Cenário favorável, mas que merece bastante atenção dos operadores de mercado, principalmente do pecuarista.

Ao falar de expectativas de embarques, o mês de julho deve confirmar um bom volume exportado com cerca de 160 mil toneladas, se considerada a média diária acima de 7 mil/ton, com preço médio por tonelada em US$ 5.392,1, alta de 32,11% frente aos dados divulgados em julho de 2020. Como volume enviado pela indústria exportadora em julho do ano passado totalizou 169 mil toneladas, podemos afirmar que se tem vendido menos e recebido mais.

Já ao falar da produção pecuária, não posso evitar de falar das baixas temperaturas geadas e os impactos na oferta de animais. (Aproveito para me solidarizar com os agricultores, de maneira geral que perderam parte de suas produções com as intempéries no Mato Grosso do Sul e outros estados).

De fato, a situação criada pelo frio intenso seguido de geada, pós (ou durante) uma seca que afeta a oferta de alimentos, trouxe um cenário de melhora de oferta de gado para abate no mês de julho, situação extremamente natural, que coincidiu com um número considerável de indústrias fechadas, fora do jogo, a maior parte por atender só o mercado nacional ou ainda por gestão empresarial.

Neste aspecto, citado no parágrafo, a indústria deve ficar nesta semana 26 a 30 de julho, talvez com algum conforto em suas escala de abate. No mercado atacadista registra-se alguma queda de preços para o dianteiro. Ressalto haver expectativa de um salto no consumo de carne bovina no dia 8 de agosto, Dia dos Pais, que coincide com o momento de recebimento da maior parte dos assalariados.

As ofertas por boi gordo no Mato Grosso do Sul giram entre R$ 304 até 309 por arroba, há frio intenso esperado para última semana de julho, além da já citada escala com alguns dias a mais nesta semana. Portanto, situação mais difícil de prever em relação aos preços na primeira semana de agosto, mas sim, provável e esperada alguma elevação, depende do quanto o produtor pode endurecer o jogo.

Fabiano Reis é jornalista, mestre em Produção e Gestão Agroindustrial - Campo Grande News