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Eleições 2018

TSE proíbe PT de usar programa que associa Bolsonaro a atos de tortura e violência

Para o ministro Luís Felipe Salomão, a propaganda "ultrapassou os limites da razoabilidade" e tem potencial para "incitar comportamentos violentos".

20 OUT 2018Por Paulo Ricardo22h:00

O ministro Luís Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou neste sábado (20) a suspensão de programa do candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, que associa o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, a atos de tortura e violência.

A propaganda foi exibida nos dias 16 e 17 de outubro na televisão. O ministro proibiu a peça sob pena de multa de R$ 50 mil a cada eventual descumprimento.

Salomão atendeu pedido feito pela campanha de Bolsonaro, que apontou que a propaganda provoca medo da população ao "sugerir que, se o candidato Jair Bolsonaro for eleito, vai perseguir e torturar eventuais opositores políticos", apresenta eleitores do candidato como "violentos e brutais", além de acirrar os ânimos "promovendo confronto entre apoiadores dos dois candidatos".

A peça publicitária usa trechos do filme "Batismo de Sangue", que reproduz cenas de tortura durante a ditadura militar. Afirma que "o torturador mais sanguinário do Brasil foi Coronel Ustra, o maior ídolo do Bolsonaro". Citou ainda uma mulher que contou que foi torturada por Ustra na frente dos filhos.

O programa mostrou entrevistas de Bolsonaro nas quais ele se disse favorável à tortura e mostrou seguidores do candidato do PSL que supostamente "espalham o terror pelo Brasil".

Para o ministro Salomão, a propaganda "ultrapassou os limites da razoabilidade e infringiu a legislação eleitoral".

"A distopia simulada na propaganda, considerando o cenário conflituoso de polarização e extremismos observado no momento político atual, pode criar, na opinião pública, estados passionais com potencial para incitar comportamentos violentos", entendeu o ministro.

Na avaliação de Salomão, os trechos do filme “Batismo de Sangue” apresentados contém "cenas muito fortes de tortura", ferindo a classificação indicativa para o horário no qual a propaganda eleitoral é exibida.

Fonte: G1 / TV Globo

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