'Eu posso tudo!', diz Iamani Fares, no Dia Mundial da Síndrome de Down

A palavra ‘especial’ foi, por muitos anos, designada a algo extremamente bom. Segundo o dicionário, ESPECIAL, é um adjetivo de dois gêneros que não é geral, que diz respeito a uma coisa ou pessoa; individual, particular ²próprio, peculiar, específico, típico.

Com o passar dos anos, essa palavra foi empregada de uma maneira, muitas vezes, pejorativa, às crianças com alguma síndrome, deficiência ou limitação, seja ela física ou mental.

Hoje, 21 de março, foi estabelecido oficialmente, e de uma maneira bastante inteligente, como o Dia Mundial da Síndrome de Down. A data foi escolhida 21/03, por que a Síndrome de Down é uma alteração genética no cromossomo ‘21’, que deve ser formado por um par, mas no caso das pessoas com Down, aparece com três exemplares, o que é chamado de trissomia, ou, para muitos, a Síndrome com o cromossomo do amor.

O Hojemais conversou com um personagem que representa muito bem a palavra ‘especial’ em sua essência. Iamani Fares é casado, tem 43 anos e é funcionário em uma multinacional especializada em processamento de alimentos há nove anos.

“Eu me sinto bem aqui. Gosto das pessoas...sempre tem alguém que nos olha com diferença, mas a gente acaba aprendendo a lidar com isso”, diz o sorridente Iamani.

Fã de rock e da banda Sepultura, Iamani diz ter vários sonhos. “Quero viajar, quero aprender tocar bateria. Tem muitas coisas que eu quero fazer e vou fazer com o tempo”, sorri ele que adora filmes de terror.

Sobre seu casamento, Iamani diz ter um relacionamento como qualquer outro. “Tem seus altos e baixos, mas a gente se dá muito bem. Minha esposa cuida bem de mim, eu cuido bem dela, e assim a gente vai levando a vida e seguimos felizes”, detalhe Iamani.

O irmão Issam Fares Junior comenta: “Ele é puro carinho. Puro amor e o que a gente (família) puder fazer para melhorar o dia dele, nós fazemos”, diz.

"EU POSSO TUDO, EU FAÇO TUDO"

Mesmo com suas limitações, Iamani tem sonhos, diz que vai realizá-los e que "na vida basta ter força de vontade". "Tem que ir de vagar; estou fazendo curso de almoxarife e quero fazer curso de logística também", comenta ele, que depois de trabalhar, diz que vai curtir a vida e viajar.

"Meu sonho é conhecer a Itália. Quero mesmo é viajar, ir para fora", diz o torcedor do São Paulo que já praticou natação e, inclusive já foi campeão nacional das APAEs e é fã de judô.

Fonte: Portal de notícias três lagoas