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Brasil

Assessor da PM relata conversa com major pai de aluno que abriu fogo em escola: 'Está sem chão'

Segundo tenente-coronel, policial - que é seu amigo há 15 anos - está 'transtornado e perplexo'. Adolescente matou dois colegas e baleou quatro, em Goiânia.

22 OUT 2017Por Youssef Nimer10h:16

O tenente-coronel Marcelo Granja, assessor de imprensa da Polícia Militar, revelou ao G1 a conversa que teve com o pai do aluno que abriu fogo em uma escola de Goiânia, que é major da corporação. Segundo ele, o policial - seu amigo há mais de 15 anos - ainda está profundamente abalado com o que aconteceu. A mulher dele, que também é policial, está tendo de tomar remédios após o atentado. O adolescente, de 14 anos, matou dois colegas e deixou outros quatro feridos.

"Eu liguei e falei como amigo, não como policial. Ele agradeceu e disse que está sem chão, que não imaginava uma situação dessas. Disse que não sabe como vai ser a partir de agora. Está muito transtornado e perplexo", disse.

Granja relatou ainda que no dia do atentado, sexta-feira (20), esteve como major. Eles passaram a manhã juntos em um congresso. "Por volta de 11h, nos despedimos e fomos almoçar cada um em um local. Menos de uma hora depois, fiquei sabendo. Quando cheguei à escola, ele já estava lá", conta.

O assessor informou que tanto o major quando a esposa, que também é policial e dona da arma usada pelo adolescente, serão ouvidos pela Corregedoria da PM. A oitiva deve ocorrer na próxima semana, mas ainda não há data definida.

O crime aconteceu na manhã de sexta-feira (20), no Conjunto Riviera. Além das mortes de João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 13 anos, outros quatros alunos, da mesma sala, foram baleados e estão internados.

O menor está apreendido apreendido na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). A Justiça acatou pedido do MP e determinou a internação provisória dele por 45 dias.

Veja a sequência dos fatos:

    Colegas relatam que ouviram um barulho

    Em seguida, os alunos viram o adolescente tirando a arma da mochila e atirando

    Alunos correram para fora da sala de aula

    O aluno descarregou um cartucho, carregou o segundo e deu um tiro, mas foi convencido pela coordenadora a travar a arma

    Estudante foi levado para a biblioteca até a chegada dos policiais

Bullying

O coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz informou que o autor dos disparos era alvo de chacotas de colegas. “Ele estaria sofrendo bullying, se revoltou contra isso, pegou a arma em casa e efetuou os disparos”, disse.

Um aluno de 15 anos, que estava na sala no momento do tiroteio, também contou que o adolescente era vítima de piadas maldosas.

"Ele sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento, pois não usa desodorante. No intervalo da aula, ele sacou a arma da mochila e começou a atirar. Ele não escolheu alvo. Aí todo mundo saiu correndo", relatou o estudante.

Enterros

Os corpos de João Pedro e João Vitor, mortos no atentado, foram enterrados neste sábado (21), em cemitérios de Goiânia.

O primeiro a ser enterrado foi João Pedro. O sepultamento ocorreu às 10h45 no cemitério Parque Memorial. Durante a cerimônia, a família fez orações e, por volta 9h, celebrou um culto em homenagem ao adolescente. O pai do menino disse que perdoa o atirador.

Já o corpo de João Vitor foi enterrado no Cemitério Jardim das Palmeiras, por volta das 11h20. Segundo colegas da vítima, ele e o atirador eram amigos e andavam juntos com frequência.

Fonte: G1

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