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Saúde

Weintraub questiona qualidade de médicos formados na Bolívia e no Paraguai

3 SET 2019Por Redação18h:45

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, questionou nesta terça-feira (3) a condição técnica de médicos formados no exterior. Ele participou de audiência pública da comissão mista que analisa a medida provisória que cria o programa Médicos pelo Brasil (MP 890/19), em substituição ao Mais Médicos, do governo anterior.

Weintraub afirmou confiar mais nas instituições de ensino superior do Brasil do que nas da "Bolívia ou do Paraguai". Segundo o ministro, é preciso ter quantidade suficiente de médicos, mas também é essencial ter qualidade. Nesse sentido, o ministro destacou a importância do Revalida, sistema de revalidação de diplomas emitidos no exterior, apesar de reconhecer que o exame é muito caro para o Estado. "A gente pensou em dois Revalidas por ano. Outra sugestão é: quem paga o exame é o próprio estudante", completou.

Já para o deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO), pelo menos metade das vagas do programa Médicos pelo Brasil deveria ser destinada a médicos brasileiros formados no exterior. "É uma realidade que temos que enfrentar. Em Rondônia, temos 5 mil jovens estudando no exterior, principalmente na Bolívia", destacou.

O deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde e responsável pela implantação do programa Mais Médicos, lembrou que o processo de validação dos diplomas estrangeiros foi acertado com o Congresso Nacional. Ele disse não admitir preconceitos contra os países da América do Sul.

Em resposta, o ministro negou preconceito, ressaltou gostar do povo latino e disse que sua opinião é baseada em evidências.

Faculdades privadas

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, afirmou que a média de aprovação no Revalida é de cerca de 27%. Ele apontou ainda que o Brasil ainda tem um número reduzido de médicos: a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 3,4 médicos por mil habitantes e o Brasil tem apenas 2,2 para mil habitantes.

O secretário sugeriu que as faculdades privadas de alto desempenho sejam autorizadas a também aplicar o teste de revalidação de certificado, como forma de diminuir os custos.

O deputado Átila Lira (PSB-PI) concorda e pediu que o governo combata oligopólios, estendendo a validação de diplomas de Medicina para outras instituições além das universidades públicas. Ele criticou, entretanto, o alto preço das mensalidades desses cursos nas faculdades privadas.

Novos debates

O presidente da comissão, deputado Ruy Carneiro (PSDB-PB), anunciou acordo entre a oposição e o relator, senador Confúcio Moura (MDB-RO), para a realização de mais duas audiências públicas na próxima semana. Os dois debates vão ocorrer nas próximas terça (10) e quarta-feira (11). A audiência desta quarta (4), às 14h30, já estava agendada.

Fonte: GM com informações da Agência Senado

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