Assembleia Legislativa
Logo Diario X
Aqui tem a Verdadeira Notícia
28 de março de 2024
Coxim
24ºC
Cenario

Saúde

Oração de mãe: Ana Paula e filho são testemunhos da fé de dona Maria

Ana teve parto de emergência e ficou na UTI após ter pulmões comprometidos; João Guilherme nasceu sem respirar e lutou para sobreviver

9 MAI 2021Por Redação/ Talyta Rodrigues15h:22

Neste Dia das Mães, o TopMídiaNews gostaria de resgatar a história de Ana Paula Calderoni, 26 anos, que viveu e viu seu milagre acontecer há 6 anos, quando esperava seu primeiro filho, João Guilherme. 

A história foi contada no dia 28 de abril após ser relatada por Ana nas redes sociais. No entanto, agora, será mostrado uma outra visão. 

A espera, angústia, desespero e fé que da mãe dela, a dona Maria Cristina Calderoni. 

“Eu me lembro que quando estávamos na frente do hospital de Aquidauana, quando a médica falou que você seria transferida para Campo Grande, nós começamos a clamar a Deus. Veio o pastor João e dona Margarida, e ele falou que de maneira nenhuma você ia morrer, que era pra confiar em Deus”. 

Após as orações, Maria questionou o médico sobre o estado de Ana e teve como resposta a confirmação. 

“O médico falou que de jeito nenhum você ia morrer, aí Ana precisa ser internada e não tinha vaga, mas continuamos orando e fomos lanchar, tomei suco e veio a certeza no meu coração de que tinha vaga”, disse Maria. 

Ela, então, voltou ao hospital e teve a notícia: a tão esperada vaga tinha sido aberta. “Nágila  desceu e falou que tinha aberto a vaga para UTI, lá glorificamos o nome de Deus”, revela. 

Maria participou de uma roda de oração que acontecia e teve a promessa que, em cinco dias, a filha deixaria a UTI. 

“Ai o pastor que estava lá me perguntou se eu tinha fé e que era pra eu crer que em 5 dias você deixaria a UTI e que nós iríamos contar esse testemunho”, finaliza. 

E foi assim, com a fé da mãe e familiares, além da competência da equipe médica, que Ana e João Guilherme deixaram o hospital. 

Relembre a história 

Ana Paula casou aos 18 anos e ficou grávida aos 19. Morando em Sidrolândia, ela teve problemas no casamento e decidiu seguir sozinha com o filho no ventre até Anastácio, local que a família estava. 

Ana lembra que tudo aconteceu muito rápido, quando estava no 8º mês da gestação. 

“Fizeram chá de bebê para mim, não tinha condições na época, mas minhas amigas fizeram, eu estava me sentindo cansada, eu pensava que por ser final da gravidez, acordei com falta de ar, tentava respirar e não conseguia, lembro como se fosse hoje, eu estava tossindo sangue”. 

Ana fala e lembra como se fosse hoje. Na época, segundo ela, a barriga ficou dura e ela acordou a irmã. 

“Acordei minha irmã e falei que não estava bem, lembro que minha mãe acordou com meu padrasto, eu pulei na moto e fui para o hospital. Eu pedia para ele ir mais rápido, pois não estava aguentando de dor, e ele falava que não podia, devido aos riscos”.

Assim que chegou no Hospital de Aquidauana, as dores ficaram mais intensas, conforme Ana explica. 

“O médico veio correndo, ouviu os batimentos do Guilherme, até aí a gente não achava que era tão grave, parecia que eu ia ter ele, eu achava que estava entrando em trabalho de parto, foi aí que ele mandou eu fazer o raio-x, fiz e deu os dois pulmões comprometidos, não tinha chance de eu sair dessa”

Sem saber como era e o que era uma UTI, Ana percebeu o choro e desespero da mãe e foi tomada por um sentimento de angústia. 

“Eu me senti muito sozinha, por mais que a minha família estivesse ali comigo, eu sentia que estava só eu e Deus e eu falava a todo momento: ‘Deus, se o Senhor for pra levar meu filho, me leva junto’, depois fui pra UTI”.

UTI

Já na UTI, a família estava lá fora sem saber notícia de Ana e Guilherme. 

“Enquanto isso, a médica estava correndo com meu caso, pois realmente era grave. Ela estava tentando achar alguma vaga na UTI, em algum hospital para mim, aqui em Campo Grande. Porque todos estavam lotados, e nem no particular tinha. E eu ali, inclinada numa cama, pois não podia deitar de uma vez, porque mesmo com o aparelho respiratório, faltava ar. E minha família ali fora clamando a misericórdia de Deus”, relembra. 

“Eu me lembro como se fosse hoje, era 12h, horário de visita, e todos os acompanhantes entraram ali para ver seus entes queridos, e a doutora virou para mim e me disse: ‘Ana, não vou deixar entrar ninguém da sua família, pois seu estado é grave, e estamos correndo com o tempo’, eu comecei a chorar, e querendo saber do Guilherme e ela disse que ele estava bem”, pontua. 

Ana guarda na memória o que viveu naquele dia. Já no período da tarde, a boa notícia, a transferência para o Hospital Regional de Campo Grande. 

“Meu irmão Eduardo me acompanhou na ambulância, eu me lembro que ele clamava muito a Deus e dizia para mim que tudo iria ficar bem. Eu fui com ajuda do respiratório, pois sozinha não conseguia respirar”. 

Já no hospital, Ana foi direto para UTI. 

“Nunca tinha entrado em uma UTI, nem para visitar alguém. É horrível, e lá eu estava sozinha, com medo de morrer e perder o Guilherme, nunca mais ver minha família de novo. Mas eu clamava muito a Deus naquele momento, eu sabia que Ele estava comigo em todos os momentos”. 

Ana não esquece o nome do médico, doutor Fernando, que, com toda sinceridade, chegou e anunciou os riscos e disse que seria necessária uma cesariana de urgência. 

“Eu fiquei em choque. Eu olhei para aquele médico e disse: ‘doutor, por favor, salva o meu bebê’, foi quando eles me levaram correndo para uma sala muito grande, fria, via vultos de pessoas gritando. Eles me deram anestesia geral, eu dormi, porém, conseguia ouvir tudo que eles falavam, eu queria abrir os olhos pra ver o que estava acontecendo, só que não tinha forças”. 

Nascimento 

Com a fé da família, preparo dos médicos e Deus no comando, Guilherme chegou ao mundo pesando 2,745 quilos e 45 centímetros. 

“Ele nasceu sem respirar, ou seja, quase morto. Os médicos começaram a reanimar ele, tentaram, tentaram e tentaram, até Deus dar o dobro novamente, 5 minutos foi tempo de reanimar o João, foi aí que ele deu seu gritinho e foi levado para UTI Neonatal”.

Enquanto João Guilherme, tão pequeno e indefeso lutava pela vida, a mãe ao lado também travava a batalha. 

“Enquanto outros médicos tentavam reanimar o Guilherme, lá estava eu partindo. Me lembro perfeitamente, quando recebi 380 volts em meu corpo, pois tive 4 paradas cardíacas, uma atrás da outra. E eu senti algo gelando meus pés, como se fosse uma anestesia, que vinha de baixo para cima, mas eu sabia que era a morte, ali eles estavam lutando para eu voltar. Naquele momento, em meu pensamento, eu clamei pelo sangue de Jesus e pela sua misericórdia em minha vida”. 

Depois disso, a intubação. Sem vagas na UTI, a luta da família continuava. “Chegaram a dizer que uma vaga demoraria de 15 até 20 dias e, por um milagre, duas horas depois fui para UTI”.

Isolada, Ana ainda precisou lutar contra a H1N1. “Eu achava o tempo todo que eu estava morta, é algo entranho, não sei explicar, estava intubada, tomando vários antibióticos, e meu corpo não reagia a nenhum. Foi quando o médico disse pra minha irmã que eu não passava mais 24 horas, pois não estava reagindo”. 

Até hoje a família não sabe ao certo o que aconteceu, mas acredita que a fé e orações salvaram Ana e João Guilherme. 

“Na hora do remédio, eles me deram e eu acordei com a primeira dose, sem entender o que estava de fato acontecendo”. 

Após a recuperação, Ana conseguiu ver o filho e amamentar. 

Hoje, Guilherme está com 5 anos, saudável, alegre e muito inteligente. Ana também conseguiu se reestabelecer. 

Após o primeiro casamento não ter dado certo, ela achou um novo parceiro e teve uma linda princesa, que está com 1 ano.  A família vive no Portal Caiobá 2, em Campo Grande. 

“Eu acredito em um DEUS que pode todas as coisas. Eu vivo o Milagre, meu filho é um Milagre, eu sou um Milagre”, finaliza Ana, grata pela vida. 

Nathalia Pelzl - Top Mídia News

Mamma dentro

Leia Também