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Saúde

HU de Campo Grande volta a operar com o dobro da capacidade no pronto-socorro

Em agosto, o hospital chegou ar fechar Pronto Atendimento Médico e não recebeu novos pacientes por três dias e meio enquanto estava com quase quatro vezes mais pacientes que leitos

8 DEZ 2018Por Redação/TR08h:00

Caminhando para o mesmo cenário visto em agosto desse ano, o Hospital Universitário da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) está operando com o dobro da capacidade no Pronto Atendimento Médico.

Há quatro meses, a unidade estava com 67 pacientes internados no PAM, embora tenha apenass 18 leitos. Para conseguir suprir a defasagem de vagas, o hospital retira macas de outras alas e, em muitos casos, usa até mesmo aquelas que são destinadas para o transporte dos pacientes dentro do hospital e que, muitas vezes, são mais estreitas e desconfortáveis para os doentes permanecerem por tempo indeterminável.

Na quarta-feira (5), 42 pessoas estavam internadas na unidade. Mesmo sendo o dobro do número de leitos, o quadro ainda não é preocupante porque com o protesto dos funcionários, a central de regulação de vagas está “distribuindo melhor as vagas”, informa a assessoria de comunicação do Hospital.

“Nosso problema aqui é que os pacientes são mais graves do que nos outros hospitais. Os que são classificados aqui na área verde, normalmente seriam amarelos ou laranja nos outros”, explicou a médica Raquel Tauro, responsável pelo setor, na época da reabertura do Pronto Atendimento.

Em casos de superlotação, alguns pacientes precisam ficar sentados em cadeiras de recepção enquanto tomam a medicação nos corredores, assim como a maioria que está nas macas também não têm um lugar adequado para se recuperar.

Além do Pronto Socorro adulto, a pediatria também está com o número maior de pacientes. O setor está com oito crianças internadas, sendo que uma delas, que precisa de isolamento, ocupa o consultório onde o médico plantonista deveria atender esses enfermos.

O mesmo acontece com outra sala, onde as crianças deveriam ser pesadas e avaliadas, mas que está desativada para que outra paciente tenha onde ficar.

Problema crônico - Outro fechamento do PAM aconteceu em Março de 2017, quando o Pronto Socorro também estava com um número muito maior de pacientes do que a capacidade. O problema foi resolvido com a liberação de alguns pacientes, que abriram novas vagas.

“Quando fechamos o PAM em agosto, nós conseguimos operar dentro do limite de vagas por no máximo cinco dias, logo já estava com mais que o dobro da capacidade de novo”, lamenta a médica responsável pelo setor.

Na Santa Casa a superlotação também é um problema constante. São ao todo 19 leitos no setor de pronto atendimento, mas ao todo 33 pacientes estavam internados na unidade na última quarta-feira, 70% acima da capacidade.

A superlotação e a retenção de macas – O problema da superlotação nos hospitais da Capital também atinge os serviços de socorro de pacientes. Até aproximadamente 30 dias atrás era comum ver viaturas do Corpo de Bombeiros na frente dos Pronto Socorros aguardando a liberação das macas.

De acordo com o Tenente Coronel Huesley Paulo da Silva, que responde pelo comando metropolitano da instituição, entre 24 de outubro a 25 de novembro as macas foram retidas 94 vezes. “Chegamos a uma situação tão generalizada que, para que as viaturas não ficassem paradas, resolvemos atender mesmo que seja somente com a prancha rígida”, explica o bombeiro.

“Teve situações em que a vítima de um acidente teve que ficar esperando mais de vinte minutos o socorro chegar”, conclui Huesley.

Quando a equipe do Campo Grande News esteve no Hospital Universitário, um paciente da ala vermelha estava internado retendo a maca do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O aposentado Degmir Arruda, de 60 anos, foi levado pelo socorro naquela madrugada, mas a falta de leito fez com que ele tivesse que ficar com a maca.

Fonte: Campo Grande News - Bruna Kaspary

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