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Saúde

Exames de genotipagem para HIV e hepatite C são suspensos temporariamente por Ministério da Saúde 

8 DEZ 2020Por Emilly Constanci08h:30

Com contrato vencido, o Ministério da Saúde suspendeu exames de genotipagem no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas que vivem com HIV, aids (doença causada pelo vírus) e as Hepatites virais. 

Os respectivos exames são essenciais para definir o tratamento mais adequado e eficaz para quem desenvolve resistência a algum medicamento. 

A empresa que realizava o serviço para o Ministério da Saúde, teve seus serviços finalizados no mês de novembro deste ano. 

O processo aberto pelo governo, em busca de uma nova empresa, já foi realizado, porém sem resultados práticos, já que a empresa vencedora não anexou todos os documentos exigidos pelo edital.  

Em Nota divulgada pelo Ministério, um novo pregão será realizado nesta terça-feira (08), com um vencedor, a expectativa é que os serviços retornem no início do ano. 

Exames serão realizados apenas em crianças menores de 12 anos e grávidas com HIV/Aids. Pacientes com hepatite C devem receber os medicamentos Velpatasvir e Sofosbuvir, que são mais eficazes e dispensam a genotipagem.  

Marcelo Simão Ferreira, professor titular de medicina na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que o prejuízo para pacientes com hepatite será menor que para pacientes com HIV, isso porque existem medicamentos para todos os genotipos de hepatites virais, não sendo tão dependente do serviço interrompido pelo SUS. 

"Agora, para o HIV vai fazer falta. A genotipagem do HIV avalia a sensibilidade do vírus às várias drogas que nós temos", comentou. 

Moysés Toniolo, Conselheiro Nacional de Saúde e representante da Articulação Nacional de Luta contra a Aids (Anaids), relata sua surpresa com a tal interrupção. 

Segundo ele, a pasta não informou quantos pacientes precisam do serviço no presente momento. 

A Anaids estuda levar o caso ao Ministério Público Federal (MPF), "Temos um contingente de pessoas que há anos usam a terapia e pode precisar desse exame para continuar a viver", enfatizou Toniolo. 

Fonte: Correio do Estado MS - Thais Libni 

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