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Saúde

Capital muda estratégia e suspende vacinação do público em geral por idade

29 ABR 2021Por Emilly Constanci22h:18

A decisão do Estado de abrir a vacinação de maneira uniforme para pessoas com 59 anos, acabou gerando atraso no calendário por falta de doses  de vacina contra covid-19. Por isso, a partir de sexta-feira (30) a medida adotada pela CIB (Comissão Intergestores Bipartite) é de voltar ao calendário conforme o PNI (Programa Nacional de Imunização), que estabelece a vacina por idade até 60 anos e para pessoas com comorbidades e alguns grupos prioritários, como os professores e motoristas do transporte coletivo.

Segundo o secretário municipal de Saúde José Mauro Filho, a decisão de abrir a vacinação por idade foi do Estado, mas resultou nessa confusão no calendário porque acabou faltando medicamento, já que o grupo por idade é amplo.

Além disso, o PNI não estabelece a vacinação abaixo de 60 anos de forma uniforme como o Estado estava fazendo.

Nós temos um PNI desatualizdo que estabelece prioridades e comorbidades. Então daqui para frente ficamos pactuados que os municípios vão olhar para suas características.. Tem cidade que não tem transporte coletivo urbano, por exemplo, como nós. Dourados tem população indígena, Campo Grande não. Então em reunião com a CIB definimos que vamos seguir o calendário por comorbidades e prioridades.”, explicou José Mauro.

“Nós baixamos por idade, para 59 anos, porque na última CIB ficou decidido assim. Se você ler o PNI ele para nos 60 anos, ele não vacina por idade abaixo disso. Mas começou a dar problema porque eu não tenho dose para vacinar por idade e comorbidade. Só comorbidade são 30%. Então abriu demais e deu esse problema de falta de doses”, destalhou o secretário.

Por essa razão, houve mudança no calendário e a partir de sexta-feira (30) a Capital deixa de imunizar de maneira uniforme os pertencentes aos grupos dos “cinquentões”, ou seja, agora o cronograma segue de 55 a 58 anos, mas apenas para quem tiver comorbidades ou fizer parte da lista de prioridades do PNI.

“Nós vamos deixar um quantitativo fixo para pessoas de 59 anos, para quem eventualmente perdeu a vacina, mas a partir de agora vacinaremos as pessoas com comorbidades e prioridades, começando com 58 anos e seguindo por idade. Dessa forma consigo imunizar os grupos de forma mais rápida. Mas a expectativa é baixar duas idades por remessa pelo menos”, declarou.

No começo, o calendário pode parecer confuso, mas segundo José Mauro, a nova decisão da comissão é justamente para garantir a celeridade na imunização contemplando justamente o PNI.

"É importante frisar que a vacinação agora contempla pessoas com comorbidades, listadas no PNI, e as prioridades. Aqui em Campo Grande vamos somar isso a idade justamente pelo quantitativo de doses. Vai ser um pouco confuso num primeiro momento, por isso é preciso deixar claro que vacinaremos por comorbidades e prioridades dividindo os grupos por idades.", afirmou José Mauro.

Segunda dose – Ao Campo Grande News, o secretário disse ser uma situação desagradável a falta de Coronavac para aplicação da segunda dose, mas asseegura que o Município seguiu as orientações do próprio Ministério da Saúde e se tivessem guardado frascos, talvez hoje estivéssemos vacinando ainda pessoas de 85 anos.

“A primeira dose já garante um percentual de imunização. A gente entende que é desagradável a falta de doses, mas o atraso não traz riscos para a população. O que não pode acontecer é a pessoa deixar de tomar a segunda dose quando estiver disponível”, detalhou José.

Segundo ele, o que ocasionou na escassez da Coronavac, foi justamente a falta de insumos que são importados. 

Ana Paula Chuva - Campo Grande News

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