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Política

Militares já fizeram 'sacrifício', mas podem fazer 'mais alguns', diz ministro sobre Previdência

9 FEV 2019Por Paulo Ricardo10h:00

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou na sexta-feira (8) em entrevista ao programa Roberto D'Avila, na GloboNews, que os militares já fizeram "sacrifício", mas podem fazer "mais alguns" ao comentar a reforma da Previdência Social.

O governo ainda não enviou a proposta ao Congresso Nacional, mas o secretário da Previdência, Rogério Marinho, já afirmou que o presidente Jair Bolsonaro quer que a reforma seja para "todos os segmentos".

Segundo o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, porém, a "ideia do segmento militar" é deixar para um outro momento as mudanças nas aposentadorias de militares.

"O mais importante é que o governo está vendo que todos façam sacrifício, é hora. Mas eu, como ministro da Defesa, não tenho que ver o sacrifício de 1º de janeiro até hoje. Tenho que ver os sacrifícios anteriores que os militares fizeram ou contribuíram e, basicamente, vejo a constituinte de 1985, a Constituição de 1988 e chegou em dezembro de 2000, no último dia de 2000, dormimos de um jeito e acordamos com a medida provisória 2215, que tiraram vários direitos adquiridos nossos. Ali, a contribuição foi muito forte e sem debate", afirmou.

Questionado, então, se o tema ainda tem que ser "muito" debatido, respondeu: "Muito debatido, porque o sacrifício dos militares e da família militar já aconteceu. Podemos discutir mais alguns? Podemos".

A MP mencionada pelo ministro, cuja numeração à época era 2131, foi assinada em dezembro de 2000 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo então ministro da Fazenda, Pedro Malan, e reestruturou a remuneração dos militares das Forças Armadas. Posteriormente, em 2001, foi reeditada sob o número 2215.

De acordo com o colunista do G1 Valdo Cruz, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, defende incluir os militares na reforma da Previdência, mas a área política do Palácio do Planalto avalia os militares têm de estar um capítulo à parte, com mudanças por meio de projeto de lei complementar.

A reforma a ser apresentada pelo governo é uma proposta de emenda à Constituição (PEC) e, conforme a estimativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pode ser votada pelos deputados até maio. No Senado, a expectativa do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, é votar o texto três meses depois.

A proposta será aprovada se tiver o apoio mínimo dos parlamentares (308 dos 513 deputados e 49 dos 81 senadores) e for aprovada em dois turnos na Câmara e no Senado.

Outros temas

Veja outros temas abordados por Fernando Azevedo e Silva:

Crise na Venezuela

"Torço muito como ministro da Defesa e brasileiro vizinho dos venezuelanos para que a crise deles se resolva rápido entre eles. O que me preocupa é o agravamento da situação interna, isso pode ter reflexo na nossa operação na fronteira com a Venezuela. A Operação Acolhida foi muito bem conduzida, ela é elogiada pelos mecanismos internacionais, pela ONU, pelas ONGs presentes. Os abrigos nossos estão muito bem montados, já levamos 4.800 venezuelanos."

Pacote Anticorrupção

"O pacote é para evitar que o crime compense. Precisa de ajustes, precisa endurecer um pouco, tenho certeza que o legislativo está suscetível. Vai ter debate, vai ter ajuste no Congresso, mas é uma tentativa válida."

Fonte: G1 - Brasília

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