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Professora de MS que estava em NY no dia 11 de setembro relembra o maior atentado dos EUA: 'Vi a fumaça das torres gêmeas'

11 SET 2021Por Redação/EC07h:33

Era uma manhã ensolarada do dia 11 de setembro de 2001 quando o mundo e a professora sul-mato-grossense, Marilyn Gomes Pael, se surpreenderam com o maior ataque das história dos Estados Unidos.

Na época, vivendo há pelo menos dois anos na América, Marilyn relembra 20 anos depois, o dia sombrio dos ataques que foi possível ver da rua da casa onde morava, em Nova York, a cerca de 30 quilômetros de Manhattan, local que estava as torres gêmeas.

"Eu estava assistindo TV quando entrou uma espécie de plantão dizendo que um avião se chocou contra uma das torres do World Trade Center. Naquele momento, não dava para entender se era um acidente ou um atentado", relembra.

Ainda de acordo com a professora, na época, o esposo trabalhava no setor da construção civil e como não tinham celular, a única forma de contato era por meio do chefe dele: "Eu fiquei preocupada com o que estava acontecendo naquele momento. Eu comecei a ficar em pânico. Graças a Deus ele estava em outra região e não aconteceu nada com ele", conta.

Conforme Marilyn, no momento em que a primeira torre caiu, ela e alguns vizinhos foram para a rua, e de lá, era possível ver a grande fumaça que tomava conta da ilha.

"Era uma fumaça escura. As pessoas começaram a ficar trêmulas de medo e todos comentavam sobre aquele ataque. Até hoje lembro do dia horrível que pude presenciar nos Estados Unidos", e ainda acrescentou:

"Naquele momento, era muito alto o barulho das serenes da polícia e bombeiros. Todos estavam correndo para o centro de Manhattan. Realmente foi um dia assustador", recorda.

Conforme Marilyn, logo depois aos atentados, relembra que o medo era visível nas vida dos habitantes de Nova York. Muitos tinham medo de frequentar lugares que tinham bastante concentração de pessoas.

"Eu ficava extremamente assustada quando tinha que pegar um ônibus ou até mesmo em ir ao supermercado. A gente pensava que a qualquer momento um explosão poderia ocorrer".

A professora conta que dois ano depois teve uma filha que nasceu no Estados Unidos e em 2009, decidiu com a família retornar para Brasil e duas décadas depois, conta que o dia hoje é de luto, justamente pelas centenas de famílias que foram destruídas por conta dos atentados de 11 de setembro.

"Sinto muito por cada pessoa que perdeu a vida nessa tragédia. Com certeza a dor dessas famílias permanece até hoje, 20 anos depois desse ataque horrível", finaliza.

Marilyn com a filha, no local onde estava as torres gêmeas, dois anos após os atentados — Foto: Marilyn Gomes Pael/Arquivo Pessoal 

A tragédia

Os ataques deixaram quase 3.000 mortos, a maioria na área de Manhattan, e levaram a uma longa guerra no Iraque e no Afeganistão, que até hoje são afetados por conflitos violentos.

Os cerca de 22 mil fragmentos humanos encontrados no local desde o atentado já foram testados, alguns deles entre 10 e 15 vezes. Até agora, 1.642 das 2.753 pessoas mortas nos ataques de Nova York foram formalmente identificadas. Mas 1.111 ainda resistem à identificação.

O trabalho de identificação das vítimas é feito em um laboratório de Manhattan, a 2km do "Marco Zero", onde uma equipe segue incansavelmente com a tarefa, com a ajuda dos últimos avanços tecnológicos.

A nova técnica usada pelos médicos forenses consiste em cortar um fragmento de osso encontrado no local dos ataques, reduzindo a pó, e depois misturado com dois produtos químicos que permitem expor e extrair o DNA. Com esse método, uma vítima foi identificada no ano passado.

G1 - Flávio Dias 

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