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Brecha de segurança e extensões maliciosas ameaçam usuários do Google Chrome

9 FEV 2021Por Emilly Constanci12h:30

Usuários do navegador Chrome – que tem sido referência em segurança desde o seu lançamento – estão recebendo uma atualização para corrigir uma vulnerabilidade crítica no navegador que já está sendo explorada, além de alertas que indicam a presença de conteúdo malicioso em diversas extensões distribuídas na Chrome Web Store, a loja oficial de complementos para o software.

Uma das extensões indicadas como maliciosas, a "The Great Suspender", tinha 2 milhões de downloads. Mas este não foi o único caso recente: a fabricante de antivírus Avast revelou ter identificado outras 28 extensões com códigos suspeitos – e estas somavam cerca de 3 milhões de usuários.

A brecha de segurança que o Google corrigiu, por outro lado, parece ter atingido apenas um grupo restrito de usuários. Ela é considerada "dia zero" por ter sido explorada antes mesmo de existir uma correção para proteger o navegador.

O Google não informou as circunstâncias em que hackers se aproveitaram do problema. Na prática, uma página web pode explorar esse erro para burlar o isolamento entre ela e o computador, permitindo a instalação de vírus no sistema sem que o usuário autorize qualquer download.

A fabricante de antivírus Malwarebytes especulou que a vulnerabilidade possa estar relacionada a ataques realizados contra especialistas de segurança.

Foi o próprio Google que alertou sobre esses ataques, indicando que eles podem ter sido organizados por hackers da Coreia do Norte. Essa hipótese não foi confirmada pelo Google.

O Chrome tem um mecanismo de atualização automática que instala automaticamente as versões mais novas do software.

O programa também pode ser atualizado manualmente no menu Ajuda, em "Sobre o chrome". A versão corrigida é a 88.0.4324.150.

Extensões colocaram milhões de usuários em risco

Apesar da gravidade da falha corrigida pelo Google, as extensões maliciosas são uma questão mais próxima da rotina da maioria dos usuários.

A "The Great Suspender", em especial, surpreendeu muitos usuários – principalmente pelo fato de a extensão ser de código aberto. Como já ocorreu em casos anteriores, um grupo desconhecido abordou o criador da extensão para comprá-la por um valor não divulgado em junho de 2020.

Como o código inteiro da extensão já era público, os compradores estavam, na prática, adquirindo a base de usuários do complemento.

Após a aquisição, uma atualização foi enviada à Chrome Web Store e distribuída aos usuários com um código que não constava do repositório público em outubro de 2020.

Programadores perceberam que o código tinha potencial para rastrear a navegação e executar diversas ações nos navegadores dos usuários, mas nenhuma atividade maliciosa específica foi identificada.

O desfecho da história ocorreu na quinta-feira (4), quando o Google bloqueou a extensão, sem revelar o motivo. Portanto, não é possível saber se a extensão de fato realizou atividades maliciosas ou quais atividades foram essas.No caso das 28 extensões encontradas pela Avast, os responsáveis foram menos sutis. De com a empresa, o objetivo das extensões era coletar informações a respeito das contas Google das vítimas e manipular resultados de pesquisa.

Para atrair usuários, as extensões prometiam incrementar o navegador com a capacidade de baixar vídeos em redes sociais como Vimeo, Instagram e Facebook.

Como as extensões já foram removidas pelo Google, usuários não precisam tomar nenhuma atitude específica.

O próprio Chrome deve gerar um alerta e recomendar a remoção da extensão. No entanto, para se precaver desse tipo de problema, é recomendado avaliar com cuidado cada extensão antes de fazer o download.

No entanto, o risco gerado pelas extensões também deve estar no radar das empresas.

O especialista em segurança Bojan Zdrnja revelou no dia 4 de fevereiro que trabalhou na perícia de um incidente no qual invasores usaram uma extensão maliciosa do Chrome para camuflar o envio de informações roubadas usando o Google Sync.

Para o especialista, o caso deve servir de alerta para que empresas reforcem as restrições ao uso de complementos para o navegador.

Altieres Rohr - G1

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