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MPF avalia incluir réu da Laços de Família em lista vermelha da Interpol

Suspeito de participar de quadrilha que vendia drogas a facções foi considerado foragido; Justiça aceita denúncia contra 22 investigados

31 AGO 2018Por Redação/TR21h:00

A Justiça Federal determinou o desmembramento de denúncia da operação Laços de Família –que investiga a atuação de uma quadrilha especializada na venda de drogas a facções criminosas e que operava no sul do Estado– em relação a um dos acusados, considerado foragido, e solicitou que o MPF (Ministério Público Federal) avalie a necessidade de incluir o nome de Thyago Rodrigo de Souza na Difusão Vermelha da Interpol (a Organização Internacional de Polícia Criminal), o que equivale a um alerta visando a possível extradição de suspeitos.

Thyago seria residente na Itália, sendo acusado de integrar uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas que teria o PCC (Primeiro Comando da Capital) entre seus principais clientes. A Justiça Federal aceitou em 23 de agosto denúncia contra 23 suspeitos de integrarem o grupo.

O juiz Bruno Teixeira determinou que a denúncia contra Thyago de Souza seja desmembrada de forma a não prejudicar a defesa de outros investigados, uma vez que, como reside fora do Brasil, a espera por sua intimação para responder à acusação “poderá causar prejuízo à defesa dos demais denunciados, os quais, em sua maioria, aguardam o desenvolvimento da marcha processual custodiados em estabelecimentos penais deste Estado e em outras unidades da federação”. Além disso, enviou os autos ao MPF para que se manifeste sobre a eventual inclusão do nome do suspeito no rol de procurados pela Interpol.

Evidências

O MPF denunciou 22 pessoas sob acusação de participarem de um grupo criminoso que atuava a partir de Mundo Novo –a 476 km de Campo Grande–, avaliando haver evidências sobre a prática de tráfico transnacional de drogas, associação para o tráfico, lavagem de capitais e posse ilegal de arma de fogo.

A acusação pede o confisco de bens adquiridos a partir de lucros do tráfico –suspeitos de integrar o grupo ostentavam em redes sociais veículos importados e viagens internacionais, sendo que o pedido da Justiça abrange imóveis, embarcações, helicópteros, dezenas de veículos, joias de luxo e centenas de milhares em espécie apreendidos com os acusados. Recursos em contas bancárias e investimentos também englobam a solicitação.

Conduzida pela Polícia Federal, a Laços de Família ganhou este nome por envolver familiares de Silvio e Jefferson Molina (o Jeffinho, filho de Silvio, morto em 2017 em Mundo Novo). Grandes carregamentos de drogas seriam remetidos pelo grupo a vários pontos do país, principalmente no Nordeste. O dinheiro arrecadado pela prática foi alvo de ocultação.

O gosto pela ostentação foi um dos pontos que mais chamou atenção da equipe policial. O falecido Jefferson Molina (Jeffinho), filho de Sílvio Molina circulava a bordo de veículos de luxo de marcas famosas como Ferrari, Mercedes Benz, Land Rover e Dodge Ram, além de desfrutar de um padrão de vida incompatível, que se traduzia em viagens internacionais e festas caras.

São réus na denúncia aceita pela Justiça Federal, além de Silvio Cesar Molina Azevedo (que é policial militar), Roseléia Teixeira Piovezan Azevedo, Jéssica Piovezan Azevedo Molina, Douglas Alves Rocha, Jefferson Alves Rocha, Jefferson Alves Rocha, Bonyeques Piovezan, Maicon Henrique Rocha do Nascimento, Jair Rockenbach, Mayron Douglas Nascimento Velani, Jonathan Weverton Quadros Caraíba, João Clair Alves, Adriano Feitosa Machado, Kaique Mendonça Mendes, Lizandra Mara Carvalho Ricas, Wellington Moura Ferreira, Felipe Ramos Morais, Cláudio Cesar de Morais, Marcos Teixeira, Thyago Rodrigo de Souza, Adayldo Freitas Ferreira, Jeferson Batiza de Souza e Izael Batista de Souza.

Fonte: Campo Grande News - Humberto Marques

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