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Estado MS

Hospital de MS fecha as portas após fim de convênio com prefeitura

17 JUL 2019Por Redação17h:30

Um aviso dizendo que o atendimento será somente para emergência e urgência colocado na porta do hospital às 16h de terça-feira (16), pegou de surpresa os moradores de Camapuã, a 140 km de Campo Grande.

De acordo com a direção do único hospital da cidade, o término do convênio com a prefeitura é o motivo para cancelar todos os atendimentos, além de um agravante: uma dívida que ultrapassa R$ 1 milhão de reais.

Conforme o presidente da instituição, Joelvis Cunha, os atendimentos de baixa complexidade foram encaminhados para os postos de saúde, mas essas unidades não funcionam 24 horas por dia "e o paciente terá que esperar, ou dirigir-se para a capital ou outra cidade mais próxima".

De acordo com o hospital, 60 pessoas deixaram de ser atendidas diariamente. A despesa mensal da instituição é de R$ 300 mil, porém o convênio que foi encerrado em julho deste ano repassava R$ 200 mil.

Cunha relata que a prefeitura alegou falta de dinheiro

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde e com a Prefeitura, mas até a publicação da reportagem as ligações não foram atendidas. Em uma postagem no Facebook, a prefeitura informou que tem repassado o dinheiro.

No aviso, o órgão fala que a administração municipal manteve todo o diálogo com a diretoria da instituição, expondo todos os detalhes em relação ao convênio firmado.

Segundo a direção do hospital, os funcionários não receberam o salário deste mês e fornecedores de remédios e produtos que atendem a unidade cortaram o fornecimento por falta de pagamento.

Mayra de Oliveira que trabalha com serviços gerais explica que atual situação da saúde "está um caos" e que as autoridades precisam se posicionar para resolver o problema o mais rápido possível.

"É uma grande negligência e ninguém está fazendo nada. Se alguém passar mal e não tiver nenhum posto aberto o jeito é ir em uma farmácia e se auto-medicar. É um problema que só aumenta", lamenta.

O deficit da instituição, segundo Cunha, chegou aos R$ 60 mil. Ele afirma que a prefeitura ofereceu um repasse de R$ 100 mil, valor 50% menor do que repassava. Segundo o presidente, o montante é insuficiente para manter o hospital funcionando com 100% da capacidade.

O único repasse que a instituição ainda recebe é do Sistema Único de Saúde (SUS), que mantém os setores de urgência e emergência

De acordo com uma funcionária pública que não quer se identificar, o cancelamento dos atendimentos de baixa complexidade gerou revolta nos moradores da cidade, que estão inconformados pelo fechamento do único hospital.

"A gente se sente impotente com a situação que estamos vivendo. É a primeira vez que isso acontece e se alguém passar mal à noite, vai ter que esperar até o outro dia ou ir para alguma cidade mais próxima daqui", explicou ao G1.

Fonte: Flávio Dias - G1 MS

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