Cuiabá bate recordes de calor extremo e chega aos 50°C

Nos últimos dias Cuiabá bateu dois recordes históricos de calor. Segundo o Inmet, em termômetros de rua os registros chegaram aos 50°C. O Instituto de Meteorologia MetSul emitiu um alerta na noite de terça-feira (29) quanto a onda de calor extremo na região metropolitana de Cuiabá e os riscos para a saúde.

Na quarta-feira(30), às 15h30, a capital registrou 43,7°C. A informação foi compartilhada pelo Hot Cities, site que monitora as temperaturas do mundo a partir de serviços de medição. Já às 17h os termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) marcaram 44°C, estabelecendo um novo recorde de calor desde dezembro de 1910. 

As medições são feitas à sombra, dentro de um abrigo de madeira. No ranking total das cidades mais quentes do mundo, Cuiabá está em 22° lugar. Em primeiro está Baçorá, no Iraque, onde os termômetros já chegaram a marcar 53°C. Em setembro, a temperatura em Cuiabá foi igual ou maior do que 40°C em 19 dos 29 dias do mês.  Em sete dias, a temperatura passou dos 42°C.  Para os próximos cinco dias, mais calorzão por ai: temperaturas variando entre 40°C e 44°C na capital.

O climatologista e doutor em meteorologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rodrigo Marques, explica o motivo deste calor extremo. "Nós temos, no nível médio, na troposfera, um anticlone que sopra um vento seco de cima para baixo. Conforme esse vento desce, ele se comprime e se aquece ainda mais", informa.

O calor, segundo o MetSul, é resultado de uma bolha de ar seco e quente que esta sobre a região criando um cenário  extraordinário de calor.

“Trata-se de uma gigante bolha de ar quente, uma cúpula de calor ou heat dome em Inglês, em que uma área de alta pressão em altitude gera movimentos de subsidência (descendente) na atmosfera com calor extremo e tempo muito seco. A forte estiagem com baixa disponibilidade de umidade no solo acaba agravando a situação e cria-se um mecanismo de feedback em que o tempo seco agrava o calor e o calor agrava o tempo seco, gerando ainda maior evapotranspiração”, traz alerta do instituto

Fonte: Midia Hoje