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Artigo

Saúde mental na pandemia

Por: Andrea Greco (*)

22 JAN 2021Por Redação/ Talyta Rodrigues17h:00

Estamos na campanha do janeiro branco, neste mês vamos divulgar mais sobre saúde mental para conscientizar sobre a importância do cuidado com as questões emocionais, inclusive no momento mais delicado que estamos vivendo, a pandemia da covid-19. Segundo a Fiocruz, sintomas de ansiedade e depressão afetam 47,3% dos trabalhadores de serviços essenciais durante a pandemia de coronavírus, no Brasil e na Espanha.

Mais da metade deles — e 27,4% do total de entrevistados — sofre de ansiedade e depressão ao mesmo tempo. Além disso, 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas; 42,9% sofreram mudanças nos hábitos de sono; e 30,9% foram diagnosticados ou se tratou de doenças mentais no ano anterior a uma pesquisa coordenada pela Fiocruz e feita em parceria com outras instituições.

Com o isolamento social, mortes de parentes, amigos, medo de contrair o vírus, mudanças na rotina diária e profissional, desemprego, preocupações com as finanças, fake news, houve uma sobrecarga em cima dos brasileiros, tudo por causa de uma mudança radical de estilo de vida.

As mulheres se sentem mais esgotadas do que os homens, porque acumularam funções de dona de casa integral, esposa, professora, profissional que trabalha em home office. Houve muitos relatos de mulheres à beira da exaustão e esgotamento. Afloraram mais os sintomas mentais de irritabilidade, ansiedade, desamparo, insegurança, depressão, intolerância, estresse crônico, síndrome do pânico e burnout, o esgotamento profissional.

Quem nunca trabalhou em home office teve que adaptar, se reinventar e organizar suas tarefas diárias. Os estudantes que iniciaram seus estudos online, sentiram na pele os impactos do isolamento, surgiram queixas também de ansiedade, estresse e irritabilidade pela falta em retomar a rotina presencial, de férias e sem poder viajar e sem o contato com colegas, que agora seria tudo de forma remota.

Com a pandemia, no entanto, as crianças se viram afastadas do local de ensino, não podendo mais ter contato direto com professores e amiguinhos. A criança que sempre esteve no meio de pessoas, em 2019 estava isolada em casa com seus parentes, sem poder ir a pracinha ou tomar um picolé na esquina. Elas também apresentaram sintomas de ansiedade, impaciência e até mesmo depressão. Por um lado, a criança se encontra isolada e por outro seus pais estressados pela mesma situação.

Alguns tiveram a possibilidade de continuar o ano letivo por meio de plataformas virtuais, outros tiveram que interromper totalmente as aulas. Todas essas experiências exigem da criança uma adaptação e compreensão da mudança da rotina.

A escola precisou entender que esse não é o momento de pressionar os estudantes com o conteúdo presencial, mas sim orientar os estudos online, estimulando os jovens a conversarem de forma online, para que eles se fortaleçam e se sintam acolhidos. Afinal, para ambos, professores e alunos isso tudo é muito novo.

(*) Andrea Greco é psicóloga

 

Por: Campo Grade News

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