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Agronegócio

Insatisfeitos com preço, agricultores jogam toneladas de tomate às margens de rodovia

Segundo os agricultores de Ribeirão Branco (SP), o descarte do fruto ocorreu devido a queda dos preços.

1 FEV 2019Por Redação/TR16h:20

Os agricultores de Ribeirão Branco (SP) jogaram toneladas de tomate às margens de uma rodovia por causa do preço do produto. Segundo os produtores rurais, o preço de venda não cobre nem os custos de produção e optam pelo descarte.

Os agricultores afirmam que uma caixa com 22 quilos, que era vendida por R$ 64, hoje está sendo vendida por R$ 21. Dirceu Souza de Araujo é ex-produtor de tomate e conta que desistiu do cultivo devido ao valor de mercado.

“Dá bastante prejuízo, o governo ou alguma coisa tem ajudar em alguma parte. Produtos, veneno, adubo, subiu muito o custo, e para retornar não tem”, diz.

Segundo o presidente do sindicato Rural, Joel Meira, quando o preço do tomate diminui, acaba afetando a produção.

“Hoje o tomate é uma das lavouras que fica mais cara em questão de produção. Quando cai o preço, como tem caído agora, automaticamente acaba afetando. Muitos não conseguem nem mesmo pagar os empréstimos e as dívidas”, diz.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ribeirão Branco, outro motivo para o descarte é a qualidade do produto. Parte da colheita não pode ser comercializada, pois o fruto não teve um bom desenvolvimento.

Edna Aparecida é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e fala sobre as possibilidades de descarte.

“Tem duas situações, uma é o descarte natural da qual vai fazendo a seleção e tirando os estragados, que vão para o descarte. A outra possibilidade é a questão do preço, quando não está bom essa carga sai, vai para o destino mas volta de novo e é descartada para o município”, explica.

Edna diz que acredita ser uma boa possibilidade a doação dos tomates, ao invés do descarte.

“Seria uma boa possibilidade estar fazendo isso, mas eu acredito que eles não tenham sentado para debater essa situação. Seria importante, sim, mas é uma coisa que vão ter que construir, fazer esse debate para quem vai ser doado”, conta.

Já o presidente do sindicato rural diz que o custo de transporte para doação do fruto pode acabar prejudicando os agricultores.

“Se eles pegarem esse tomate, colocarem em um caminhão, tem o custo de transporte, de colheita. Acaba se onerando mais ainda, para ele descartar esse tomate acaba sendo mais viável que tentar vender por R$ 1 ou R$ 2 a caixa”, explica.

Por G1 Itapetininga e Região

 

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