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Agronegócio

Estiagem reduz em mais de 600 mil toneladas previsão da nova safra da soja em MS

Entre o fim de novembro e dezembro, o volume de chuva diminuiu em grande parte do estado. As regiões mais castigadas foram o sudoeste, sul, sudeste e sul-fronteira.

11 JAN 2022Por Redação/TR15h:32

A estiagem que atingiu algumas regiões de Mato Grosso do Sul entre os meses de novembro e dezembro provocou uma redução de 609 mil toneladas na previsão de produção da safra 2021/2022 de soja no estado.

Segundo relatório da Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja/MS), no início do cultivo, em setembro de 2021, a projeção - com um aumento de área de 7% (de 3,529 milhões de hectares para 3,776 milhões de hectares) e, na época, com uma produtividade prevista de 56,38 sacas por hectare, era da colheita de 12,773 milhões de toneladas.

Entre o fim de novembro e dezembro, o volume de chuva diminuiu em grande parte do estado. As regiões mais castigadas foram o sudoeste, sul, sudeste e sul-fronteira. O estresse hídrico afetou desde o florescimento ao enchimento dos grãos, o que levou, por exemplo, a morte de plantas, amarelamento, enrolamento e queda das folhas e nanismo, entre outros efeitos.

A produtividade prevista, em razão da estiagem, caiu para 53,69 sacas por hectares, 4,77% menor que a inicial, o que afetou a projeção de produção no mesmo patamar, reduzindo a expectativa de colheita para 12,164 milhões de toneladas.

O volume da perda de produção que o estado deve ter neste ciclo em razão da estiagem é quase o mesmo que Rio Brilhante, quinto maior produtor sul-mato-grossense colheu na safra passada, 571,957 mil toneladas.

Em relação ao estado atual das áreas cultivadas com soja nesta safra, o levantamento da Aprosoja/MS indica que 51% foram classificadas como “bom”, 26% como “ruim” e 23% como “regular”.

Emergência

No dia 4 de janeiro, o governo decretou situação de emergência em todo o estado devido à estiagem e aos prejuízos causados ao setor produtivo.

Para tentar reduzir os prejuízos, a Aprosoja/MS e a Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), que monitoram a situação produtiva no estado, pediram ajuda ao governo.

Com a decretação de calamidade pública, o governo irá auxiliar a direcionar recursos para reduzir as perdas, além dos produtores poderem acionar seguros, conseguir ampliação para o pagamento de dívidas junto a instituições financeiras e oportunidade de negociação.

Anderson Viegas, g1 MS

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