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Acidentes

Silas mandou mensagem para esposa pouco antes de morrer : "amor, estou indo"

Silas Barbosa da Silva, 18 anos, era motoentregador e voltava para casa depois de noite de trabalho; deixa filho de 1 mês de idade

23 JAN 2021Por Redação/ Talyta Rodrigues20h:09

A família de Silas Barbosa da Silva, 18 anos, ainda em choque, tenta entender como aconteceu o acidente que tirou a vida do rapaz, que voltava de mais uma noite de trabalho, como motoentregador. O último contato dele com a companheira foi por mensagem, via WhatsApp, enviada cerca de uma hora antes de morrer. “Amor, eu tô indo”.

Silas morreu por volta das 3h30, em acidente no cruzamento da avenida Lúdio Coelho com a rua Tenente Antônio João Ribeiro. Ele estava em motocicleta Honda CG 160 Fan quando se envolveu na colisão com caminhão Agrale, com placas de Sidrolândia.

No boletim de ocorrência não consta a dinâmica do acidente, apenas que Silas seguia pela rua e, o caminhão, na avenida, no sentido bairro-centro. Teste de bafômetro atestou que o caminhoneiro não havia ingerido bebida alcoólica. O cruzamento é sinalizado com placas e semáforos.

Muito emocionada, Eula foi até a funerária para tratar da liberação do corpo de Silas, que ainda está no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Chorando muito, era amparada por amigas e familiares.

“Ele era um bom pai, um bom marido e um bom amigo; pena que ele não vai ter oportunidade de ver o filho crescer, era pessoa batalhadora que nunca desistiu de buscar suas conquistas”, resumiu Eula.

Os dois estavam juntos há 1 ano e 5 meses e tiveram um filho, Cauê, que completou 1 mês de idade no último dia 9 de janeiro.

A jovem lembra que conversou com Silas durante a noite de ontem, por telefone. Depois, via WhatsApp, por volta da 1h30, quando o rapaz estava na região do bairro Centenário. Ela pediu que o marido voltasse para casa. Chegou a ver a mensagem enviada, às 2h28. “Amor, tô indo”.

Eula pegou no sono e acordou somente por volta das 6h. Percebeu que Silas não havia voltado para casa ao notar que a porta da casa, no bairro São Conrado, estava encostada, como havia deixado para que ele entrasse.

“Eu vi que ele não tinha chegado, saí na rua e comecei a falar com amigos, postei no Facebook, foi quando me mandaram a notícia”. Silas morreu a apenas dois quilômetros de distância de casa.

A mãe de Eula, Lilian Teixeira da Costa, 35 anos, lembra que ajudou o rapaz a comprar a moto. “Era nova, só pagou a 1ª parcela”, diz. O cunhado, Henrique Texeira, 18 anos, diz que Silas havia conseguido dinheiro para emplacar a moto, mas ainda iria tirar a CNH.

A dona de casa Luzia Aparecida da Silva, mãe de Silas, conta que o jovem estava feliz com o nascimento do filho e se esforçava para não deixar faltar nada para o bebê. “Era guri bom, comportado”. Ele tinha mais quatro irmãos.

Quando a nora ligou, procurando por Silas, Luzia Aparecida já desconfiou que havia algo errado. “Na hora a gente já não pensa em coisa boa, mas achei que ele tivesse sido assaltado”. Luzia conta que busca conforto em Deus. “Até agora eu não consigo imaginar como aconteceu, vi que foi num cruzamento, tem semáforo, não sei quem cruzou vermelho”.

Eula diz que pretende fazer com que Silas fique vivo na memória do filho. “Que ele seja trabalhador, batalhador, igual ao pai”.

Por: Silvia Frias e Liniker Ribeiro – Campo Grande News

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