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Saúde

Para provar que geriatrias podem ser alegres, enfermeiras abrem casa com horário de visitação livre

Empreendedoras dizem que o maior desafio é desfazer a visão de que a assistência profissional reflete abandono

11 OUT 2018Por Redação/TR21h:11

Com o propósito de cuidar das pessoas, as sócias, Daniele Passos, 35 anos, e Michele Borba Morales, 46, ambas enfermeiras, fundaram a Florence Hotelaria Assistida, uma clínica de cuidados especiais para idosos e pacientes pós-operatórios. A ideia é trazer esse conceito com um jeito mais leve e acolhedor em um ambiente agradável e colorido. “Queremos acolher as pessoas de forma que se sintam em casa, porém que não esqueçam a essência do porquê estão em um residencial, que é porque precisam de um cuidado técnico”, expõe Daniele.

Inaugurado em julho deste ano, a infraestrutura é toda pensada para que não haja possibilidade de acidentes. As empreendedoras classificam como um “casa funcional” que conta com 16 cômodos, com 16 leitos. Possui, também, uma unidade de cuidados especiais e uma equipe fixa de 11 colaboradores. Além de uma equipe multidisciplinar formada por médicos, terapeutas ocupacionais, musicoterapeuta, fisioterapeuta e nutricionista.

As empreendedoras estudaram a localização e o comportamento dos moradores do bairro antes de implantar o negócio, localizado na rua Eudoro Berlink, nº 791, bairro Mont'Serrat, em Porto Alegre. “As famílias estão menores e moram em lugares cada vez menores e precisam trabalhar até mais tarde e os idosos, com a longevidade maior dentro de necessidades crônicas”, ilustra Daniele, que aponta em que falha de mercado o seu negócio cresce. “É no meio termo, aquele paciente que ainda é crítico para ir para casa, mas é liberado pelo hospital, porque precisam do leito”, expõe.

Foto: Reprodução / Geraçãoe

Além do atendimento a idosos e pós-cirúrgicos, a Florence atende pacientes em processo de terminalidade. “Temos a formação, conhecimento técnico e buscamos traduzir isso através dos funcionários”, orgulha-se Daniele.

Para Michele, a principal barreira do negócio é a visão errônea que as pessoas possuem de que residenciais geriátricos e clínicas de assistência integradas são como “depósitos e lugares tristes”. Uma prova de que isso por aqui não acontece é que não há horários restritos para a visitação. Desse modo, os familiares e amigos dos hóspedes podem ser recebidos em qualquer momento. “O nosso cuidado é aliado à presença da família, queremos a presença da família”, esclarece Daniele.

O nome da empresa é uma referência à Florence Nightingale, conhecida como a fundadora da enfermagem moderna. O seu trabalho de maior reconhecimento foi quando, em 1854, na Guerra da Crimeia, se uniu a um grupo de mulheres e organizou um hospital para atender aos feridos do combate. “Fomos atrás da nossa própria história e o que poderíamos trazer dela”, afirma Daniele.

Foto: Reprodução / Geraçãoe

Fonte: Geraçãoe -  Robson Hermes

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