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Saúde

Como se recuperar do baque de perder um animal de estimação

Apoio de amigos e familiares é importante e o luto não deve ser minimizado

19 AGO 2018Por Redação/TR12h:12

Nessa hora, não importa se você é fã de cães ou de gatos, porque a dor é lancinante para todos. O sentimento de solidão engole tudo ao redor. Afinal, já colecionamos tantas perdas que a partida daquela companhia inseparável do dia a dia se transforma numa ferida que parece que não vai sarar. Como arranjar forças para seguir em frente? É claro que a morte de um animal de estimação impacta qualquer um, mas, para quem é mais velho, trata-se de uma dolorosa constatação da finitude, agravada pela dificuldade de criar novos laços afetivos. Por isso é tão importante que um idoso tenha suporte de amigos e familiares nesse período de luto.

Permita-se chorar. Muito. Por vários dias. Quando decidir rever fotos e vídeos, chore tudo de novo. Viver o luto faz parte do processo de apaziguamento, de cura. Uma cerimônia de despedida ajuda a trabalhar a perda. Eu guardei as cinzas da minha gata e só consegui espalhá-las num jardim quatro meses depois. Com frequência somos assaltados pela culpa. E se tivéssemos tentado um outro tratamento? E se não tivéssemos optado pela cirurgia da qual nosso animal não voltou? Essa é uma emoção devastadora – posso dizer porque já a vivenciei mais de uma vez. É fundamental compartilhar a dor, conversar com outras pessoas que passaram por experiência semelhante. Acredite, você fez o que era possível, e ele ou ela foi feliz em sua companhia.

Não há prazo para a tristeza ir embora. Portanto, deixe claro aos “bem intencionados” que logo sugerem que você arranje outro pet que a proposta beira a grosseria. Não se trata de repor algum produto que estava no fim. O contato com a natureza pode funcionar como um bálsamo. Doar objetos que serão úteis para outros animais também ajuda (mas, se não estiver pronto ou pronta para isso, guarde tudo durante o tempo que for necessário). Escrever sobre seus sentimentos ou mesmo para o bichinho que se foi é outra alternativa, assim como buscar interlocutores compreensivos.

Aliás, a tristeza iguala nobres e plebeus. Em abril desse ano, fontes do Palácio de Buckingham admitiram que a Rainha Elizabeth II, de 92 anos, sofrera um duro golpe com a morte de Willow, o último de seus cães de estimação da raça corgi. A relação de afeto da soberana com os corgis começou quando ainda era princesa: aos 18 anos, ela ganhou Susan, e Willow pertencia à 14ª. geração de descendentes da cachorrinha. Elizabeth II ainda tem dois “dorgis”, resultado de cruzamentos com dachshunds (os bassês, ou “salsichas”), mas foram os Pembroke Welsh corgis que se tornaram uma das marcas registradas da família real. Em 2015, ela já havia decidido não acolher novos animais e o principal motivo teria sido não deixar seus bichos de estimação “para trás”, sob os cuidados de outras pessoas depois que morresse. Os corgis foram personagens recorrentes de fotos da realeza e até participaram do filme utilizado na abertura dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.

Por Mariza Tavares, Rio de Janeiro

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