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Política

Mulheres são 52% do eleitorado, mas minoria na disputa por mandatos

Sem nenhuma candidata ao governo e apenas uma ao Senado, espaço ainda pequeno para as mulheres

17 AGO 2018Por Redação/TR15h:44

Com a maioria do eleitorado feminino, as mulheres ainda ocupam espaço pequeno na política de Mato Grosso do Sul, não tendo nenhuma candidatura ao governo, apenas uma ao Senado e só preenchem os 30% das vagas na eleição proporcional (deputados) porque é uma exigência da Justiça Eleitoral. Consegue ser maioria somente para o cargo de vice-governadora.

Para disputa ao governo estadual, não tem nenhuma mulher concorrendo entre os seis candidatos no Estado. A única representante seria a senadora Simone Tebet (MDB), no entanto ela desistiu do pleito por “motivos particulares” no último domingo (12), faltando três para o registro das candidaturas, no seu lugar ficou o deputado Junior Mochi (MDB).

No confronto em busca das duas vagas ao Senado, em um grupo de 13 candidatos, apenas a advogada Soraia Thronicke (PSL) vai para disputa, em um lançamento de chapa “avulsa”, não estando dentro das coligações. A situação só se inverte quando se analisa as candidatas a vice-governadora, que são quatro contra apenas dois homens.

A justificativa dos partidos neste caso, é a tradicional “chapa mista”, feita justamente para atender e atrair o público feminino, mas que na maioria dos casos tem um candidato homem como “cabeça de chapa”. Estão nesta eleição: Tânia Garib (MDB), Luciene Silva (PT), Ana Maria Bernadelli (Rede) e Diná Freitas (PSOL).

Cenário

Nas 13 vagas de 1° suplente ao Senado, que será o nome imediato a assumir o cargo em Brasília, na cassação ou saída do titular, apenas uma mulher foi escolhida: Meire Aparecida Faria (PMB), indicada pelo candidato Dorival Betini (PMB).

Só existe divisão igualitária de selecionados, na candidatura para 2° suplente de Senado, com sete mulheres de 13 nomes. São elas: Gislaine Aparecida Rocha (PMB), Daniela Weiler Wagner Hall (PSD), Giselle Marques de Araújo (PT), Lucianne Valeria Pina Bluma (PV), Maria Emília Ramalho Sulzer (MDB), Niágara Patrícia Gauto (PTC) e Terezinha Basé de Lima (DEM).

Exigência

A situação não muda quando a eleição vai para os cargos de deputado federal e estadual em Mato Grosso do Sul, quando se chega apenas a cota de 30% dos candidatos, que é exigência da Justiça Eleitoral, na hora da entrega das chapas para registro. O espaço político ainda é mínimo para o público que tem mais eleitores.

Dos 344 candidatos a deputado estadual, 103 são mulheres, enquanto que na disputa federal são 119 concorrentes, com apenas 35 candidatas. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Mato Grosso do Sul tem 1.877.982 eleitores, sendo que 52,1% são mulheres e 47,9% de eleitores homens.

Cultura

De acordo com a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Azambuja, esta falta de espaço na política, faz parte de um “ambiente cultural” de muitas décadas, de que a política “teria que ser conduzida pelos homens” e que infelizmente até hoje tem seus reflexos na sociedade atual.

As deputadas Mara Caseiro (PSDB) e Antonieta Amorim (MDB) eram defensoras em nível estadual, de uma nova lei federal que exija ao menos 30% da cadeiras para as mulheres no Congresso Nacional. “Somos hoje 51% do eleitorado, teríamos que ter 50% das cadeiras, mas vamos buscar esta mudança de forma gradual”.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou que o Brasil está na 154° posição de representação de mulheres na política, apesar de serem 44% dos filiados nas legendas. Esta situação pode ser vista na Assembleia Legislativa, que de 24 deputados, tem apenas três mulheres. Já na Câmara Municipal de Campo Grande a situação é pior, são três de 29 parlamentares.

Fonte: Campo Grande News - Leonardo Rocha

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