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Política

MDB negociará apoio ao governo em troca do comando da Assembleia

Rocha, mais cotado para presidência, contrariou orientação do partido para ficar com Azambuja.

16 NOV 2018Por Redação/TR12h:22

A partir do ano que vem, quando começam os novos mandatos dos deputados estaduais e do governo de Mato Grosso do Sul, o MDB analisa se pode voltar para a base aliada do PSDB na Assembleia Legislativa – como era antes –, mas tudo depende de a presidência da Casa de Leis, que está sendo disputada por deputados tucanos, ficar com o deputado Eduardo Rocha (MDB).

O parlamentar Renato Câmara (MDB) comentou sobre a espera de uma decisão de Rocha, com relação à presidência. Ele foi interrogado sobre seu partido voltar para a base aliada do PSDB. “Vamos esperar Rocha decidir se vai querer a presidência”.

Questionado se a aliança com os tucanos na Assembleia Legislativa estaria condicionada à volta do MDB à base dos tucanos em troca da presidência, Câmara negou. “Não está condicionada, mas vamos esperá-lo [Rocha] decidir isso”.

O parlamentar emedebista disse também que Rocha não precisa assumir a presidência da Casa de Leis. “Ele não precisa ter a presidência, pode ser qualquer lugar na mesa diretora”.

No segundo turno da campanha eleitoral, Eduardo Rocha foi contra a decisão de seu partido de apoiar o PDT e o então candidato ao governo estadual, juiz Odilon de Oliveira.

Os emedebistas deixaram livre para os filiados apoiarem quem quisessem e foi isso que Rocha fez. Ele se reuniu em casa com nove prefeitos, sendo sete do MDB, para acordar o apoio para Reinaldo Azambuja (PSDB), no segundo turno.

Na ocasião, Rocha declarou não ser dissidente. Ele alegou ter ficado surpreso em relação à decisão do partido de apoiar Odilon.

Para o emedebista, a liberação da sigla para declarar apoio ao governador foi decidida antes da aliança com Odilon. “Fui pego de surpresa, fiquei sabendo da visita ao presídio pelo Correio do Estado”, declarou na época. Os deputados reeleitos para mais quatro anos de mandato, Câmara, Márcio Fernandes e Rocha, assim como os filiados ao MDB, estão se organizando para reestruturar o partido.

Fernandes comentou sobre a possibilidade de ser candidato a prefeito de Campo Grande em 2020, assim como Junior Mochi (MDB), atual presidente da Casa de Leis e que disputou o governo estadual. “Isso mostra que o MDB não morreu. Estamos em um novo tempo político, todo partido passa por isso [reestruturação]”.

O deputado disse acreditar que a crise emedebista aconteceu porque a liderança política – o ex-governador André Puccinelli – foi presa dias antes da convenção partidária, no dia 20 de julho. “Ele é liderança forte e tivemos que escolher de última hora um substituto para disputar o governo”.

Paulo Siufi (MDB), que termina o mandato na Casa de Leis como suplente, em fevereiro de 2019, também comentou sobre a reestruturação. “Precisamos rever essa fase do partido para analisarmos onde erramos, para podermos acertar”.

Com relação ao MDB na base aliada do PSDB, Siufi afirmou que ninguém fica no poder sozinho. “Tudo na vida é um ciclo. O PSDB já esteve no auge, assim como o MDB, o PT e agora é o PSL, por exemplo”, citou.

Eduardo Rocha está em viagem e não atendeu às ligações da reportagem do Correio do Estado para comentar sobre a possível chance de ser presidente da Casa de Leis. Ele também não esteve na sessão realizada na terça-feira (13).

Fonte: Diário Republicano / Allyson Leguizamon

 

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