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TRIBUNAL

Polícia

Acusado de matar a musicista Mayara Amaral diz que estava "possuído"

Luís Alberto depôs em audiência e disse que agrediu vítima "por reflexo"

17 AGO 2018Por Redação/OJ08h:20

Em audiência de quinta-feira (16), na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande, o acusado de matar a musicista Mayara Amaral, Luís Alberto Bastos Barbosa, revelou que parecia estar possuído no momento em que cometeu o crime em um motel, no dia 24 de julho de 2017.

Luís Alberto contou detalhes da noite do assassinato e os acontecimentos posteriores, sempre alegando estar sob efeito de diversos entorpecentes, como cocaína, LSD e bebidas alcoólicas e, disse ainda que no momento em que ele e Mayara brigaram, além de consumindo drogas, estariam ouvindo "músicas do mal".

"Eu estava louco, tava cheio de droga, há três dias sem dormir, só usando cocaína. Pode ter sido isso, ou até outra coisa, parecia que tava possuído, a gente estava escutando umas músicas do mal", disse ele.

Ele disse, em juízo, que se encontrava com Mayara casualmente e eles iam ao motel consumir drogas e manter relações sexuais. Ainda conforme versão do acusado, a briga começou depois que a vítima contou sobre uma suspeita de DST e o pressionou para contar sobre a relação para a namorada dele.

A morte

Em algum momento na madrugada, os dois teriam começado a brigar e mutualmente se estrangulado. O músico alegou que sempre carrega o martelo, que usou para bater na cabeça de Mayara, para quebrar gelo e fazer tereré e drinks. Ele disse que o objeto era o mais acessível no momento do embate e, por reflexo, golpeou a cabeça dela, mas não soube dizer quantas vezes.

Luís, colocou a mulher no porta-malas do carro dela, limpou o quarto de motel, pagou e saiu quando o sol já havia nascido. Ele queria ocultar a morte e se livrar das provas. "Essa era a intenção, despistar, mas fazer essas coisas só piorou [...] eu só queria sumir com tudo e ir para o meu quarto e usar droga", confessou.

Ele deixou alguns dos pertences da musicista em casa, entre eles os documentos pessoais, violão, notebook e o celular, que usou para mandar mensagens para a mãe de Mayara, Hilda Amaral, para confundir a família. Luís pretendia queimar os objetos.

O corpo da musicista foi deixado na área conhecida como Inferninho e, segundo o acusado, teria sido incendiado pela vegetação que teria pegado fogo.

Audiência

Luís Alberto tentou se desfazer do carro da mulher vendendo o carro para Anderson Sanches, que na época do crime era borracheiro, que foi autuado por receptação de objeto com valor muito abaixo do estimado. Ele também foi ouvido na audiência sobre a negociação da compra do veículo. Um conhecido de Luís Alberto também foi ouvido pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos.

O pai de Mayara, Alziro Amaral, acompanhou a audiência e disse que acredita que Luís seja condenado. "Consumo de drogas nunca foi fator judicial para ser ininputável", disse.

O laudo que constata a sanidade mental do réu será entregue até a terça-feira (21) e, após isso, a promotoria de Justiça terá um tempo para se manifeste e a defesa possa elaborar as considerações finais, para assim, o juiz dar a sentença de pronúncia.

Fonte: Correio do Estado

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