Polícia

Em novo golpe, criminosos agora investem contra os vendedores em sites de comércio on-line

20 NOV 2025 • POR Redação/EC • 20h18
Vítima procurou a Depac Centro para registrar boletim de ocorrência. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Os golpes em plataformas de compra e venda ganharam um novo alvo. Se antes os estelionatários miravam principalmente os compradores, agora as vítimas da vez são os vendedores. A estratégia tem se repetido em várias cidades e segue um padrão.

O método começa quando o golpista se passa por um comprador interessado no produto anunciado. Após iniciar a negociação, ele afirma que fará o pagamento diretamente pela plataforma e que, por isso, o vendedor receberá um link ‘oficial’ para confirmar a venda.

Em seguida, as vítimas têm recebido e-mails falsos, que simulam a identidade visual da OLX, contendo links que direcionam para páginas igualmente fraudulentas. Nelas, o vendedor é induzido a fornecer dados pessoais e a seguir instruções para suposta ‘liberação’ do dinheiro.

Houve caso em que, ao invés de e-mail, as vítimas receberam contato via Whatsapp, de pessoas se passando por representantes da plataforma OLX.

Depois dessa etapa, começa a segunda fase do golpe, onde por ligação ou WhatsApp, criminosos se apresentam como ‘representantes da OLX’ e alegam que há valores ‘retidos’, que só seriam liberados mediante o pagamento de taxas. Essas cobranças são enviadas por QR Codes, boletos ou chaves Pix, com justificativas fictícias, como verificação de segurança ou desbloqueio de pagamento.

Casos em Campo Grande

Em um dos casos registrados nesta quinta-feira (20) na Depac, em Campo Grande, uma vítima de 26 anos, moradora do Jardim Presidente, havia anunciado duas bicicletas anunciadas na plataforma. Após o suposto comprador alegar que faria o pagamento pela OLX, ela recebeu um link por e-mail, preencheu os dados solicitados e passou a receber cobrança de taxas.

A vítima realizou, ao todo, quatro pagamentos via Pix, variando entre R$ 115 e R$ 650, totalizando mais de R$ 1.100. Cada transferência foi direcionada a empresas diferentes, sempre apresentadas pelos golpistas como intermediadoras do processo. Depois de sucessivas cobranças e novas histórias inventadas pelos criminosos, ela percebeu que se tratava de um golpe e procurou a polícia.

O caso foi registrado como estelionato e a vítima manifestou interesse em representar criminalmente contra os autores. O caso foi registrado como fraude eletrônica.

O mais recomendado ao comprar e vender em plataformas on-line é negociar apenas dentro da plataforma, evitar clicar em links desconhecidos e desconfiar de qualquer pedido urgente de pagamento.

Midiamax